O Ministério da Educação (MEC) confirmou que a aplicação da Prova Nacional Docente (PND) ocorrerá no segundo semestre. O exame, apelidado de "Enem dos Professores", poderá ser adotado voluntariamente pelas secretarias de Educação dos estados, municípios e do Distrito Federal como critério de seleção para novos docentes na educação básica pública.
A PND surge como um exame unificado para avaliar futuros professores da rede pública, semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que se consolidou como principal via de ingresso no ensino superior. A adesão à prova é opcional, e as secretarias de Educação interessadas têm até o dia 17 de abril para confirmar participação por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec), no portal Gov.br.
Após a adesão, os entes federativos devem cadastrar seus editais de seleção até 25 de junho. Os resultados da PND poderão ser utilizados como critério único ou complementar na contratação de docentes, permitindo que estados e municípios adicionem outras etapas, como prova prática ou análise de títulos.
O exame tomará como referência a matriz de avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes das Licenciaturas (Enade), aplicado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A participação na prova será obrigatória para concluintes de cursos de licenciatura, que terão suas competências e habilidades avaliadas em áreas teóricas e práticas, com base nos estágios supervisionados.
Na primeira edição da PND, serão avaliadas 17 áreas do conhecimento, incluindo pedagogia, matemática, ciências biológicas, letras, educação física e filosofia. A prova faz parte do Programa Mais Professores para o Brasil, apresentado pelo MEC e pelo Inep em fevereiro, com o objetivo de qualificar a seleção de docentes e aprimorar políticas públicas de formação inicial e continuada.
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