Educação

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Governo de SP usa IA para corrigir deveres escolares e planeja ampliar projeto

Ferramenta já avalia 5% das atividades de alunos do 8º ano e 1º do ensino médio na rede estadual

Da Redação com informações do Brasil 247

Segunda - 19/05/2025 às 09:32



Foto: Prefeitura de Santos Alunos em sala de aula
Alunos em sala de aula

O governo de São Paulo começou a usar inteligência artificial (IA) para corrigir tarefas escolares da rede estadual. O projeto, em fase piloto, já analisa cerca de 4 a 5 milhões de questões discursivas por mês, respondidas por alunos do 8º ano do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio. A iniciativa inclui disciplinas como Português, Matemática, Ciências, Química, Física, Geografia e História.

A correção automatizada acontece por meio da plataforma TarefaSP, utilizada por toda a rede estadual. No início do ano letivo, mais de 95 milhões de questões foram respondidas na plataforma, todas alinhadas ao Currículo Paulista.

As respostas avaliadas pela IA não recebem nota e funcionam como prática complementar ao conteúdo de sala de aula. A proposta é oferecer retorno imediato aos estudantes e identificar padrões de erro, sem substituir o trabalho do professor.

"A inteligência artificial permite ampliar o número de atividades discursivas sem sobrecarregar os docentes", afirmou o secretário estadual da Educação, Renato Feder. O modelo está em uso em cerca de 5% das atividades da rede. A expansão do projeto deve ocorrer ao longo do segundo semestre, com inclusão de novas turmas e conteúdos.

Renato Feder, conhecido por sua gestão voltada à digitalização e por defender parcerias com a iniciativa privada, afirma que o uso da IA é uma forma de otimizar recursos e melhorar a aprendizagem. "O professor continua sendo insubstituível. Mas a tecnologia pode ser uma aliada poderosa, especialmente em uma rede com mais de três milhões de alunos", completou.

A Secretaria da Educação afirma que a IA foi treinada para identificar argumentação, clareza e domínio do conteúdo. A análise é constantemente revisada por educadores, para evitar erros e garantir critérios pedagógicos. A expectativa da gestão estadual é tornar o uso da IA uma prática contínua e integrada à rotina das escolas. A ferramenta não deve substituir avaliações tradicionais, mas complementar o processo de ensino.

Fonte: Brasil 247

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