
O comércio por atacado no Piauí registrou, em 2023, uma receita bruta de revenda de R$ 26,5 bilhões, o que equivale a 42,78% da receita total da atividade comercial no Estado. O dado representa um crescimento expressivo de 10,78 pontos percentuais em comparação a 2014, quando o setor atacadista respondia por 32% da receita do comércio piauiense. As informações são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do avanço do atacado, o comércio varejista ainda mantém a maior participação na movimentação financeira do setor, com uma receita bruta de R$ 29,7 bilhões em 2023, o equivalente a 47,92% do total. No entanto, esse número indica uma perda de espaço em relação a 2014, quando o varejo concentrava 53,1% da receita comercial do estado, apresentando uma queda de 5,18 pontos percentuais.
Segmento de vendas
O segmento de veículos, peças e motocicletas, por sua vez, registrou uma receita de R$ 5,7 bilhões em 2023, representando 9,29% do total do comércio piauiense. Esse grupo foi o que mais perdeu participação desde 2014, quando detinha 14,9% da receita, acumulando queda de 5,61 pontos percentuais no período.
O crescimento da participação do atacado no Piauí acompanha uma tendência observada em âmbito nacional. Em 2014, 11 unidades da federação tinham o comércio atacadista como principal responsável pela receita bruta do setor comercial. Em 2023, esse número subiu para 13 estados, com destaque para Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que passaram a registrar predominância da receita nesse segmento. O estado do Amazonas, que antes era dominado pelo atacado, passou a ter o varejo como setor principal.
A ampliação da presença do atacado no Piauí reflete mudanças na cadeia de abastecimento, crescimento do consumo corporativo e reestruturações logísticas regionais. O cenário reforça a importância estratégica do setor atacadista na economia local e aponta uma transição gradual na estrutura do comércio estadual.
Fonte: IBGE