
O doce que virou febre nas redes sociais, o morango do amor, mudou completamente a rotina da confeiteira Eloá Rocha, proprietária da Doce Elô Confeitaria, na zona Sudeste de Teresina.
Em apenas cinco dias de venda do novo produto, a confeiteira precisou suspender a produção de quase todo o cardápio para atender à alta demanda pelo doce, vendido por R$ 10. “Vi a receita no Instagram, fiquei ‘namorando’ por um tempo, testei por dois dias e decidi vender. Divulguei e, em poucas horas, a procura explodiu”, conta Eloá.
Nesta quarta-feira (23), a confeiteira chegou a produzir 150 morangos e precisou reforçar a equipe: uma pessoa só para o atendimento das encomendas pelo WhatsApp e quatro auxiliares na cozinha. A alta procura também impactou o mercado – o preço da caixa de morango, que antes custava R$ 30 a R$ 35, agora chega a R$ 40 e está mais difícil de encontrar. “Estamos até disputando caixa de morango com outras confeiteiras”, brinca Eloá.
A receita que também pode virar "morango do ódio"
Ponto da calda é o segredo do sucesso do morango do amor (Foto: Piauí Hoje)
Quando a receita dá errado, viraliza também nas redes sociais, com a hashtag morango do ódio. O sucesso da receita, está no ponto certo da calda vermelha de açúcar crocante, que envolve o brigadeiro e o morango. Segundo Eloá, o segredo está na temperatura da calda. “Não é a receita que faz a diferença, mas o ponto certo da calda. Se não atinge a temperatura ideal, o doce vira o ‘morango do ódio’, fica borrachudo e grudento. O nosso é sequinho e crocante”, explica.
A confeiteira oferece três versões do doce:
Morango do amor tradicional – morango envolto por brigadeiro de leite ninho e coberto pela calda crocante;
Coxinha de morango – morango coberto por brigadeiro de chocolate e granulado;
Bombom de morango – brigadeiro de leite ninho coberto por calda de chocolate.
Apesar das variações, Eloá revela que o mais pedido é o tradicional.
De empadas na pandemia ao hype da internet
Antes de viralizar com o morango do amor, Eloá já vinha trilhando sua história na confeitaria. Ela começou há seis anos, ainda na pandemia, vendendo empadas, brigadeiros, cupcakes e bolos caseiros. Primeiro conquistou os vizinhos do bairro, depois a zona Sudeste de Teresina e, hoje, tem clientes até fora da capital. Agora, com o doce do momento, a confeiteira reforça que é preciso aproveitar o hype.
“A gente não pode perder o momento. Parei tudo para atender a demanda. Só continuei com os bolos que já estavam encomendados há meses. É cansativo, mas é gratificante ver a clientela feliz”, afirma.