Economia

ECONOMIA

Governo confirma salário mínimo de R$ 1.621 em 2026

Novo valor vale a partir de janeiro a ser pago no salário de fevereiro

Da Redação

Quarta - 10/12/2025 às 13:48



Foto: Marcelo Casal/ Agência Brasil Cédulas de dinheiro
Cédulas de dinheiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve de base para o reajuste anual do salário mínimo, registrou 0,03% em novembro e acumula 4,18% em 12 meses, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a aplicação da nova regra de reajuste, que combina inflação e crescimento do PIB, o salário mínimo de 2026 pode ser fixado em R$ 1.621.

O valor é resultado da combinação de duas correções sobre o salário mínimo de 2025 (R$ 1.518), o INPC acumulado em 12 meses até novembro de 2025, que é de 4,18% e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes (2024), que foi de 3,4%.

No entanto, o arcabouço fiscal limita o ganho real acima da inflação a um intervalo de 0,6% a 2,5%. Seguindo essa regra, o cálculo final aponta para um salário mínimo de R$ 1.620,99, que, com o arredondamento previsto em lei, seria R$ 1.621,00. Este valor representa um reajuste total de R$ 103 (6,79%).

O novo resultado do INPC (4,18%) fará com que o governo precise revisar os cálculos para o orçamento de 2026. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 havia sido aprovado no Congresso com a estimativa de um salário mínimo de R$ 1.627, o que representava um reajuste de 7,18%.

O valor do salário mínimo tem um grande impacto nas contas públicas, pois serve de base para o reajuste de benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadorias que estão no piso.

INPC x IPCA

Assim como o salário mínimo leva em conta o acumulado até novembro, o seguro-desemprego, o teto do INSS e o benefício de quem recebe acima do salário mínimo são reajustados com base no resultado do INPC acumulado até dezembro.

O INPC tem divulgação sempre paralela a outro índice do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido como inflação oficial, que fechou novembro em 0,18% e acumula 4,46% em 12 meses.

A diferença entre ambos é que o INPC apura a variação do custo de vida para as famílias com renda de até cinco salários mínimos e o IPCA até 40 salários mínimos.

O IBGE confere pesos diferentes aos grupos de preços pesquisados. No INPC, por exemplo, os alimentos representam quase 25% do índice, mais do que no IPCA, cerca de 21%, pois as famílias de menor renda gastam proporcionalmente mais com comida. Na ótica inversa, o preço de passagem de avião pesa menos no INPC do que no IPCA.

De acordo com o IBGE, a apuração do INPC “tem por objetivo a correção do poder de compra dos salários, através da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população assalariada com mais baixo rendimento”.

A coleta de preços é feita em dez regiões metropolitanas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. A coleta também é feita em Brasília, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

 

Fonte: Agencia Brasil

Mais conteúdo sobre:

#novo salário minimo
Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: