
A Fundação dos Economiários Federais - Funcef, tem como meta em sua atual gestão a busca do equilíbrio financeiro e atuarial, bem como investimentos em tecnologia e simplificação das operações para reduzir custos e melhorar a eficiência. A informação é do presidente da entidade, o piauiense Ricardo Pontes. A Funcef é o terceiro maior fundo de pensão do Brasil.
Em entrevista aos jornalistas Luiz Brandão e Roberto John, no portal Piauí Hoje, Ricardo Pontes falou das estratégias adotadas pela fundação para garantir a sustentabilidade financeira e a modernização de seus processos. Pontes destacou a importância de manter o equilíbrio atuarial, investir em tecnologia e simplificar operações para reduzir gastos e ter eficiência.
Equilíbrio Atuarial e Financeiro
Pontes explicou que a Funcef está focada em manter e melhorar o equilíbrio atuarial e financeiro da fundação. "Temos que cuidar dos ativos e dos passivos. Somos assertivos na gestão de recursos, mas também temos ativos imobilizados, como terrenos, shoppings e hotéis", afirmou.
O presidente da Funcef também ressaltou a importância de administrar bem esses investimentos para garantir a solvência do plano e os compromissos futuros com os participantes. "Não podemos deixar o passivo crescer sem controle, seja por ações judiciais ou desperdícios", completou.
Modernização e inteligência artificial
A modernização da Funcef é uma das prioridades da gestão de Pontes. "Com a chegada da inteligência artificial, estamos investindo em tecnologia para simplificar processos e reduzir a burocracia", disse. Ele destacou que a fundação ainda enfrenta desafios com processos complexos e que a transformação tecnológica é essencial para melhorar a eficiência e reduzir custos. "Queremos simplificar operações e garantir que a gestão seja mais ágil e menos custosa", explicou.
Gestão colegiada
A Funcef é administrada por um colegiado de quatro diretores, sendo dois indicados pelo patrocinador (Caixa Econômica) e dois eleitos pelos participantes. "Essa relação é tranquila e bem alinhada. O diálogo entre os diretores tem sido fundamental para entregar os resultados que estamos alcançando", afirmou Pontes. Ele destacou que, apesar de alguns problemas no passado, a gestão atual é marcada por um bom entendimento entre os membros do colegiado.
Desafios da Previdência
Além da gestão interna, Pontes também abordou os desafios mais amplos da previdência no Brasil. A longevidade é um dos principais problemas, com pessoas vivendo mais, especialmente as mulheres, que muitas vezes enfrentam a solidão. "Temos 32 participantes com mais de 100 anos, a maioria mulheres. Isso exige que garantamos recursos para pagar benefícios por um período cada vez mais longo", disse.
Outro desafio é a falta de cultura de poupança no país. "Muitos só se preocupam com a aposentadoria quando estão perto de se aposentar. Precisamos incentivar a formação de poupança desde cedo", afirmou. Ele também criticou a tributação sobre fundos de previdência, que pode desestimular a poupança. "Quanto mais imposto, menos incentivo há para poupar. Precisamos do contrário: incentivos para que as pessoas guardem mais", concluiu.
Números
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), apenas 12% dos brasileiros possuem previdência complementar. Em países como os Estados Unidos, esse número chega a 55%. Essa diferença reflete a necessidade de ampliar a conscientização sobre a importância da poupança e do planejamento financeiro no Brasil.
A Funcef, sob a liderança de Ricardo Pontes, está investindo em equilíbrio financeiro, modernização e simplificação de processos para garantir a sustentabilidade da previdência no Brasil. Com foco na gestão eficiente de ativos e passivos, na adoção de tecnologia e no diálogo entre os diretores, a fundação busca enfrentar os desafios da longevidade e da falta de cultura de poupança, garantindo um futuro mais seguro para seus participantes.
Acesse o link abaixo e assista a entrevista completa com Ricardo Pontes.