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Exclusão de Haddad de reunião sobre demissão na Petrobras mostra força de Rui Costa

Ministro da Fazenda não participou de decisão de demissão de jean paul prates; lula baseou decisão em perda de confiança

Da Redação

Sexta - 17/05/2024 às 11:11



Foto: (Foto: REUTERS/Adriano Machado) Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não participou da reunião em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. De acordo com fontes ligadas ao presidente Lula, Haddad não esteve envolvido no processo que levou à demissão de Prates. É o que aponta reportagem da Folha de S. Paulo desta sexta-feira.

A decisão foi tomada na Casa Civil, com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), que foram considerados desafetos de Prates. O planejamento para a demissão foi realizado de maneira a impedir que Haddad interviesse, já que ele havia defendido a permanência de Prates em abril. Durante a reunião decisiva, Haddad estava em encontro com secretários no Ministério da Fazenda.

Para analistas políticos e econômicos, a exclusão de Haddad demonstra o fortalecimento de Rui Costa dentro do governo. No dia seguinte à demissão, Haddad manteve silêncio sobre o ocorrido. Em abril, ele havia argumentado que não havia justificativa técnica para a demissão de Prates e que uma decisão imediata após as críticas de Silveira poderia intensificar conflitos internos no governo.

Haddad também apoiou a distribuição de dividendos pela Petrobras, uma posição que Prates defendia e que causou atritos com Silveira. Esse apoio foi visto como um sinal de que Haddad estava ganhando força no governo, apesar das críticas de Lula ao desempenho de Prates.

Embora a demissão de Prates possa impactar negativamente a percepção dos investidores sobre o governo e a Petrobras, aliados de Haddad afirmam que o episódio não abalou sua relação com Lula. A decisão de Lula foi baseada em uma perda de confiança em Prates, mesmo com Haddad defendendo os dividendos para melhorar a situação financeira do governo.

Fonte: Brasil247

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