
A reportagem do Piauihoje.com conversou com o regueiro, produtor e músico Edu Bizú sobre o bloco Reggando a Avenida e o Caminhão do Reggae, que vão entrar na Avenida Raul Lopes pela primeira vez e desfilar durante o Corso de Teresina no dia 15 de fevereiro, a partir das 16h.
O bloco terá animação de mais de 50 DJs, mais de dez bandas e cantores do estilo musical como Bob Robson, Jah Une, Jamile Jah, Zé de Santa Cruz, DJ FC Roots, Frank DJ (GD Som), outros. De acordo com Edu Bizú, o desejo de botar o bloco na rua é antigo e uma resposta à exclusão que o movimento regueiro sofre dentro do evento.
“É um desejo antigo de ver a inclusão do movimento reggae da sociedade, por conta da discriminação que o movimento reggae sofre, da falta de incentivo, do preconceito, inclusive, do próprio poder público, você pode ver aí no Corso, eles [produção do evento] divulgaram que este ano [o Corso] terá seis palcos, mas eu pergunto, colocaram o reggae em algum deles? Não!”, disse.
Para adquirir o abadá do bloco, basta entrar em contato com Edu Bizú através do número acima
Os seis palcos anunciados pela Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves serão voltados para o Axé, Mix (forró, arrocha, funk, outros), Rock, Eletrônico, Samba e Pagode e Músicas Carnavalescas.
Segundo o produtor, o reggae produzido no Estado do Piauí vive uma ascensão, com produtores exportando música para todo o Brasil e não pode ficar de fora de eventos que são produzidos para a população.
Edu Bizú
“O reggae que é um ritmo que domina a cidade, a periferia e comunidades carentes não foi incluído, é uma discriminação do poder público. [O reggae] é um movimento que é crescente aqui no Piauí, para você ter uma ideia, nós aqui do Piauí exportamos reggae para todo o Brasil, existem aqui no Piauí produtores de reggae que vendem música para todo o Brasil”, reforçou.
É o caso de Zé de Santa Cruz, uma das atrações do Reggando a Avenida. O cantor lançou seu primeiro trabalho ainda em 1989, 31 anos atrás. Natural de Regeneração, o piauiense vive atualmente em Brasília, mas fará parte desse momento inédito do carnaval de Teresina.
Zé de Santa Cruz participou duas vezes do programa do Raul Gil
“Estou preparando o melhor do Zé de Santa Cruz pra galera, não sei ainda quantas músicas vou cantar, quais as pedras que vão rolar, mas o que pedirem vou fazer e dar de mim o máximo. Tem muita coisa pra rolar, vou esperar primeiro pra ver quantas músicas cada artista vai cantar durante o circuito, é muito artista, mas o circuito é longo, é grande também, então vai ser bacana, vai ser muito legal”, afirmou.
Os trabalhos mais recentes de Zé de Santa Cruz podem ser facilmente encontrados nas redes sociais e Youtube.
CORSO 2020
O Corso do Zé Pereira de Teresina acontece no dia 15 de fevereiro na Raul Lopes e, além da premiação para os caminhões, o evento conta com um concurso de fantasias e vários palcos temáticos distribuídos pela avenida para contemplar todo tipo de folião.
Promovido pela Prefeitura de Teresina por meio da Fundação Monsenhor Chaves, o Corso do Zé Pereira foi consagrado como o maior do planeta, segundo o livro Guinnes Book, em 2012, registrando a marca de 343 veículos decorados no desfile, recorde que consta na publicação até hoje. Além dos carros enfeitados, o evento conta com milhares de pessoas fantasiadas, bandas espalhadas pelo percurso, além de muita alegria e irreverência resgatando a tradição dos antigos carnavais.
INSCRIÇÕES DE CAMINHÕES
Para participar do evento com os caminhões decorados, é necessário uma inscrição, que pode ser feita do dia 24 de janeiro ao dia 14 de fevereiro, das 08:00h às 13:00h, na sede da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves – FMC, situada na Rua Félix Pacheco, 1440 – Centro. No ato da inscrição é obrigatória a apresentação da cópia da CNH do motorista condutor e o RG do responsável pelo caminhão, além da documentação do caminhão devidamente regularizado, sob pena de indeferimento do processo.
De acordo com o edital, que está disponível no site da PMT e da FMC, só será permitida a inscrição de caminhão com ano de fabricação a partir de 1986, sendo Caminhão de um e dois eixos com comprimento máximo de até 14m e Bitrem até 20m. A altura máxima permitida para os veículos participantes é de 4,2m; Mini trio com foliões em cima do veículo, com som de até 50 decibéis, devidamente decorados. A altura máxima permitida para os veículos participantes é de 4,2m. É permitido o uso de reboque apenas para transporte de gerador.
Cada veículo deverá ter o guarda-corpo de madeira ou ferro com no mínimo de 1,20m de altura para proteção dos foliões. Os motoristas cadastrados deverão portar CNH e a documentação regular do veículo, ficando proibido aos condutores ingerirem bebidas alcoólicas, drogas ou qualquer substância psicotrópica antes e durante a condução do veículo, como também fica vedada a utilização de fogos de artifício.
Para evitar qualquer problema durante o evento, todos os motoristas serão submetidos a teste de bafômetro antes e durante o percurso do Corso. Em caso de alteração no resultado, os mesmos serão retirados e desclassificados, e responderão sanções legais da legislação vigente.
É obrigatório o uso de banheiros químicos nos veículos, recolhimento em sacos de lixo dos resíduos sólidos produzidos dentro do veículo (latas, garrafas, copos descartáveis e outros) e só será permitido o uso de bebidas em lata e plástico.
Para esta edição, serão distribuídos R$ 30mil em premiação, sendo R$ 10 mil para o Caminhão mais animado; R$ 10 mil para o mais criativo (inusitado) e R$ 10 mil para o com a melhor produção (decoração e fantasia).
SEGURANÇA
Este ano, mais de 900 policiais farão a segurança do evento. O evento terá mais de 900 homens armados e distribuídos em três turnos, além de elevados, pontos de bloqueios, onde será feita a revista de todo folião que deseja passar para o corredor da folia, 20 câmeras de monitoramento, quatro drones, cavalaria, agentes disponibilizados pela Secretaria de Segurança que compõe equipe de Inteligência e policiais civis.
Fonte: Com informações da PMT