Uma comitiva do Piauí liderada pelos deputados petistas Merlong Solano (federal) e Fábio Novo (estadual) está com a superintendente estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Teresinha Ferreira, em Brasília para acompanhar a reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do órgão que vai decidir sobre o reconhecimento de novos bens como patrimônio cultural do Brasil.
A reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan começa nesta segunda-feira (11.11) e vai até terça-feira (12.11), na sede do Instituto, em Brasília. A comitiva piauiense foi a Brasília porque na pauta da reunião está o reconhecimento como patrimônios histórico e cultural do País a arte santeira em madeira do Piauí e a Igreja Nossa Senhora de Lourdes, conhecida como Igreja da Vermelha, localizada na zona Sul de Teresina (PI).
Além dos deputados e da superintendente do Iphan, estão na comitiva o padre Antônio Cruz, pároco da Igreja de Lourdes, e os mestres da arte santeira Kim e Dim. Eles foram convidados como representantes dos artistas.
Feito histórico
Para o deputado Fábio Novo, o Iphan dará dois passos históricos em relação ao Piaui. Por isso ele fez questão de ir a Brasília. "E não poderíamos deixar de testemunhar feito tão grande", escreveu o deputado em suas redes sociais na noite deste domingo (10.11) ao desembarcar na capital federal.
A economista Teresinha Ferreira explica que o reconhecimento da arte santeira do Piauí como patrimônio cultural do Brasil é também uma homenagem ao talento de artista como o Metre Dezinho e o tombamento da Igreja de Lourdes como patrimônio histórico nacional reforça o valor da igreja como símbolo da história e devoção do povo piauiense.
O deputado federal Merlong Solano disse que "o tombamento da Igreja de Lourdes e o registro da arte santeira vão eternizar as obras de artistas locais como Mestre Dezinho e muitos outros que merecem ser valorizados”, afirmou o parlamentar piauiense.
Histórico
O processo de registro da Arte Santeira em Madeira do Piauí como patrimônio cultural do Brasil começou em 2008, impulsionado por um abaixo-assinado liderado pelo Mestre Expedito, um dos maiores representantes desse ofício, falecido em 2023, aos 89 anos.
O tombamento garante ações do poder público para preservar bens de valor histórico, cultural e arquitetônico, impedindo sua destruição ou descaracterização. Já o registro da arte santeira como patrimônio cultural significa a valorização de uma tradição que molda a identidade do povo piauiense.