A greve dos motoristas e cobradores de ônibus já dura 18 dias em Teresina e ainda não há previsão para o fim do movimento. Nesta quinta-feira (07), uma reunião entre membros da Prefeitura de Teresina e empresários do setor de transporte público parecia que iria fazer com a greve encerrasse, no entanto, não houve consenso.
Os empresários querem que a Prefeitura de Teresina repasse o valor de R$ 1,250 milhão, mas a prefeitura negou o repasse do valor e não houve acordo. Os motoristas e cobradores iniciaram o movimento porque os empresários não querem assinar a convenção coletiva de trabalho, o que deixa a categoria sem salário fixo e sem os benefícios como ticket alimentação e plano de saúde.
Segundo o presidente do Sintetro Antônio Cardoso, os salários dos trabalhadores estão congelados desde 2019, e em 2020 ele ficaram sem ticket alimentação e plano de saúde.
A proposta de R$ 1,250 milhão apresentada pelos empresários não agradou a Prefeitura, que disse que pode conceder no máximo o valor de R$ 800 mil. A Prefeitura de Teresina, por meio do superintendente dos Transporte de Teresina, major Cláudio Pessoa, disse que já paga R$ 1,2 milhão todo mês para os empresários.
Na reunião de hoje, estavam presentes o superintendente dos Transporte de Teresina, major Claudio Pessoa e o secretário de Governo, André Lopes e Edimilson Carvalho, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).
Agora, a expectativa é que os empresários definam um novo valor e apresentem novamente para a Prefeitura de Teresina. Se o acordo for fechado, haverá a assinatura da convenção coletiva dos trabalhadores e a greve se encerra.
Enquanto isso, os lojistas somam prejuízos. As vendas caíram 40% desde o início da greve dos motoristas e cobradores. Os usuários do transporte público são os mais prejudicados, pois sem ônibus eles têm que pagar transporte por aplicativo cujo o preço está elevado decido a alta demanda. Outros passam horas nas paradas de ônibus esperando os veículos cadastrados pela Strans, mas têm que pagar o valor da passagem em dinheiro porque os veículos não têm sistema de bilhetagem eletrônica.