A Meia Maratona da Polícia Federal, realizada neste domingo (23) em Teresina, repercutiu negativamente entre os participantes após uma série de falhas por parte da organização do evento. Além da falta de água em trechos do percurso, atletas também denunciaram ausência de medalhas ao final da prova.
Nas redes sociais, os corredores criticam o evento e acusam a organização de colocar os atletas em risco sob ao calor intenso da capital. A prova, que atraiu centenas de corredores amadores e profissionais, era aguardada como um dos principais eventos esportivos do ano.
Segundo os participantes, havia mais de mil inscritos para o percurso de 21 quilômetros e a falta de água potável ocorreu principalmente partir do quilômetro 11. Ainda de acordo com os relatos, várias pessoas passaram mal, ficaram desidratadas e sofreram câimbras.
Em um dos relatos mais repercutidos nas redes sociais, um atleta que corria sua primeira meia maratona afirmou ter vivido uma experiência “degradante e perigosa”.
“Lamentável, inaceitável e extremamente revoltante. Enfrentar falta de água no km 11 foi frustrante e perigoso. Isso não é um simples erro logístico: é uma falha gravíssima, que demonstra ausência de respeito, planejamento e cuidado com a vida dos participantes", disse.
Além do problema da hidratação, corredores reclamaram da escassez de medalhas ao final da prova, fato que aumentou ainda mais a insatisfação.
“Treinar meses, correr 21 km e chegar sem água e sem medalha é desrespeitoso demais”, comentou uma atleta.
"Em cinco anos de corrida, eu nunca tinha presenciado uma organizado desestruturada. Falta de respeito.. Pelo amor de Deus deixar os atletas passarem mal por falta de água foi surreal e em Teresina , numa temperatura de lascar qualquer um. Sem falar na falta de medalha. @meiamaratonapfpi foi decepcionante", disse outro atleta.
Organização admite falhas e pede desculpas
Diante da avalanche de críticas, a XCrono, empresa responsável pela organização do evento, divulgou uma nota de esclarecimento reconhecendo os erros. A empresa assumiu “total responsabilidade” pela falta de água no percurso e classificou o ocorrido como um erro grave que “jamais deveria ter acontecido”.
Na nota, a organização também se dirigiu aos corredores com pedidos de desculpas “profundas, humanas e verdadeiras”, afirmando que medidas estruturais já estão sendo preparadas para evitar que falhas semelhantes se repitam.


Corredores cobram mais responsabilidade para edições futuras
Mesmo após o pedido de desculpas, muitos participantes afirmaram que o reconhecimento da falha é apenas o primeiro passo. Para eles, é necessária uma reformulação na logística, maior rigor no planejamento e mais respeito com os atletas.
Nas redes, corredores afirmam que esperam “mudanças reais” e que a prova volte a ser referência positiva no calendário esportivo.
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