O policial militar Fabiano Junior Garcia, lotado no 19º BPM (Batalhão de Polícia Militar), matou oito pessoas e depois tirou a própria vida nas cidades de Toledo e Céu Azul, no Oeste do Paraná. Entre as vítimas estão a esposa, três filhos, a mãe e irmão. A tragédia aconteceu entre a noite de quinta (14) e a madrugada de sexta-feira (15),
Segundo informações do Portal CATVE, o soldado Garcia cumpriu plantão até 19h e depois de deixar o batalhão começou as mortes. O comandante da Polícia Militar do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, disse que por volta das 23h Fabiano entrou em contato com o cunhado falando que havia matado em Toledo a esposa, Kassiele de 28 anos, e a enteada Amanda adolescente de 12 anos.
A polícia foi até o local e localizou os corpos. Em seguida o policial foi até a residência da mãe ainda em Toledo, e matou a facadas Irene Garcia 78 anos e o irmão dele Claudiomiro de 50 anos, com um disparo de arma de fogo.
Saindo dali, ele foi até Céu Azul (município que fica a 65 km de Toledo) no sítio dos avós maternos, ali ele matou uma filha de oito anos, Kamili, e o filho Miguel de quatro anos. Os dois passaram férias na casa dos avôs. As outras pessoas da casa não foram feridas.
Na sequência, ele retornou a Toledo, e começou a andar pela área central da cidade. As equipes da PM tentaram localizá-lo de toda forma, no entanto, durante as buscas, ele encontrou na rua dois rapazes, Kaio de 17 e Luiz 19 anos, eles caminhavam e o soldado disparou contra ambos, que morreram no local, por fim, o policial tirou a própria vida dentro do carro Astra. O comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, informou que Fabiano enviou diversas mensagens de áudios para os familiares no intervalo entre as mortes.
Os corpos das duas crianças foram encaminhados ao IML (Instituto Médico-Legal) de Cascavel. Informações apuradas pela reportagem dão conta de que elas foram executadas com tiros na cabeça, disparados à queima-roupa. As outras vítimas foram levadas ao IML de Toledo.
Fabiano Junior Garcia estava na Polícia Militar desde 2010 e era tido pelos colegas como um cara "tranquilo". Em um dos áudios gravados por Garcia antes de se matar, ele alega dívidas de jogos e que não aceitava o fim do relacionamento.
VÍTIMAS
Kassiele, esposa de Garcia, de 28 anos
Amanda, enteada, 12 anos
Miguel, filho, 4 anos
Kamili, filha, 9 anos
Irene, mãe, 78 anos
Claudiomiro, irmão, 50 anos
Kaio, desconhecido do PM, 17 anos
Luiz, desconhecido do PM, 19 anos
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informou por meio de nota que as Polícias Civil, Militar e Científica apuram os fatos.
Foi instaurado inquérito policial nas delegacias de ambas as cidades (Toledo e Céu Azul). Perícias foram realizadas nos locais e equipes de investigação seguem na coleta de informações e realizam diligências para concluir o caso.
Segundo a Polícia Militar, o policial, que prestava serviços no 19º Batalhão, em Toledo, não tinha histórico que pudesse indicar problemas psicológicos.
A Secretaria ressalta ainda que conta com o Programa de Atenção Psicossocial (PRUMOS), implantado em todo o Estado, desde 2020, para oferecer atendimento psicossocial a servidores e familiares. Neste caso, as equipes do PRUMOS de Foz do Iguaçu e Toledo já estão atuando no suporte à família das vítimas. Além disso, uma equipe da capital também irá para a região para fornecer todo o apoio necessário.
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Fonte: Catve.com