A Polícia Federal (PF) recuperou dados apagados dos computadores de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, utilizando tecnologia israelense de última geração. De acordo com reportagem do G1, as informações obtidas fortaleceram as investigações sobre a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e permitiram cruzamentos com dispositivos de outros investigados. O material revela novas narrativas sobre planos para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, adiando a conclusão do relatório final do caso, que estava previsto para este mês.
Os dados recuperados levantaram dúvidas sobre o acordo de colaboração firmado entre Mauro Cid e as autoridades. Investigações apontam que ele pode ter omitido informações relevantes sobre os fatos apurados, o que comprometeria sua colaboração. “Não é facultado ao delator a possibilidade de omitir informações”, destacou uma fonte ligada à investigação. Caso as irregularidades sejam confirmadas, o acordo pode ser revisto, prejudicando as condições negociadas pelo ex-ajudante.
A defesa de Mauro Cid afirmou que ele está cooperando plenamente com as autoridades, mesmo após a divulgação de mensagens críticas à PF por meio da revista Veja. No entanto, os novos dados representam um avanço significativo na apuração de responsabilidades e podem implicar Bolsonaro e membros próximos de sua equipe no relatório final, que será decisivo para os próximos passos judiciais.
Fonte: Brasil 247