Brasil

ATOS GOLPISTAS

Para Gilmar Mendes, destruição do STF no 8 de Janeiro resultou de manipulação

Prédio da Corte foi o mais afetado pelo vandalismo de 8 de janeiro

Da Redação

Quarta - 08/01/2025 às 09:15



Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023
Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023

O ministro Gilmar Mendes, aos 69 anos, é o mais antigo integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), onde ocupa o posto de decano desde sua nomeação, em junho de 2002, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Com um perfil conciliador, mas não avesso a embates, Mendes é uma figura central no STF, especialmente em momentos de tensão política e institucional.

O ataque ao STF em 8 de janeiro de 2023 marcou profundamente Gilmar Mendes, que descreveu o ocorrido como uma agressão pessoal e institucional. A destruição do plenário gerou um misto de revolta, vergonha e tristeza, comparável a “rasgar um filme da sua vida”. O episódio foi o mais custoso dentre as instituições vandalizadas, somando R$ 11,41 milhões em danos. Segundo Mendes, a fúria dos invasores refletiu um discurso de manipulação e ódio direcionado à Corte. “Havia uma raiva intrínseca”, afirma, referindo-se às críticas que responsabilizavam o STF pelos problemas do Brasil.

Durante a pandemia de covid-19, Mendes destacou-se pela defesa de medidas científicas e pelo reforço do papel do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele refutou o negacionismo e decisões contrárias à vacinação e criticou as políticas públicas baseadas na imunidade de rebanho e no uso de medicamentos ineficazes, como a cloroquina. “Poderíamos ter perdido ainda mais vidas se o Tribunal tivesse sido omisso”, declarou, enfatizando que as decisões do STF foram fundamentais para a contenção da pandemia no Brasil.

Como decano, Mendes atua como mediador e defensor da instituição, buscando manter o diálogo com outros poderes e setores da sociedade. Mesmo com uma trajetória marcada por decisões polêmicas, é reconhecido como um defensor da democracia e da independência do Judiciário, especialmente em momentos de crise, como os ataques ao STF e o enfrentamento da pandemia.

Fonte: Agência Brasil

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