O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social do Brasil, Wellington Dias, foi destaque da CNN Internacional durante uma entrevista no Fórum de Doha, no Catar, onde discutiu a importância de combater a fome e a pobreza, além do progresso da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Esta aliança foi lançada na Cúpula dos Líderes do G20 em novembro e visa erradicar a fome e a pobreza até 2030, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Nove anos atrás, a ONU estabeleceu 17 ODS, incluindo acabar com a pobreza e a fome. No entanto, no ano passado, quase 750 milhões de pessoas enfrentaram a fome, um aumento de cerca de 152 milhões em comparação com 2019.
Os primeiros compromissos da Aliança, conhecidos como “2030 Sprints”, incluem alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda e expandir refeições escolares nutritivas para 150 milhões de crianças.
Em sua entrevista, o Ministro Wellington Dias destacou a falha global em cumprir os ODS, afirmando que a pobreza e a fome aumentaram, com impacto direto nas crises migratórias e até nas ameaças às democracias. Ele enfatizou que as nações mais ricas devem apoiar os países em desenvolvimento com projetos comprovadamente eficazes, enquanto os países em desenvolvimento devem agir conforme seus planos.
Atualmente, a Aliança conta com a participação de 86 países e 66 organizações, e está sendo implementada com o apoio de entidades globais como o Banco Mundial, a ONU, o PNUD e a FAO. O objetivo é adaptar soluções às necessidades específicas de cada país, abordando questões como transferência de renda, programas de alimentação escolar, agricultura local e treinamento profissional.
Dias também afirmou que, embora a fome e a pobreza sejam questões difíceis de discutir, especialmente para os países mais afetados, é fundamental ter mais debates abertos e compartilhamento de experiências entre nações e organizações internacionais. Ele concluiu ressaltando que, embora o mundo produza alimentos em quantidade suficiente, a união global, o combate ao desperdício e a participação na Aliança podem criar um futuro mais próspero até 2030.
Fonte: Assessoria de Comunicação