A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta terça-feira (19), quatro militares suspeitos de integrar um grupo responsável por planejar um golpe de Estado em 2022, com o objetivo de impedir a posse do presidente Lula e atacar o Supremo Tribunal Federal (STF). Dois deles atuavam na segurança do G20 no Rio de Janeiro.
Entre os presos estão o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira, todos membros das forças especiais do Exército, conhecidos como "kides pretos". Eles foram localizados no Rio de Janeiro.
As investigações indicam que o grupo, que codificou o plano como "Punhal Verde e Amarelo", tinha como objetivo assassinar Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, já diplomados na época, e prender o ministro do STF Alexandre de Moraes, que estava sendo monitorado pelos envolvidos.
De acordo com a PF, dois desses militares, ainda na ativa, atuavam na segurança da cúpula de líderes mundiais no G20, evento que contou com a participação de Lula e outros chefes de Estado, como Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.
Esses militares foram designados para a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que atribui às Forças Armadas a responsabilidade pela segurança em ocasiões especiais, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. A GLO foi autorizada por Lula e deve seguir até a próxima quinta-feira (21).
A operação realizada pela PF incluiu o cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, além da aplicação de 15 medidas cautelares, como a entrega de passaportes, a proibição de contato entre os suspeitos e a suspensão de funções públicas exercidas por eles.
Os mandados foram executados em parceria com o Exército Brasileiro em estados como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, demonstrando a ampla dimensão das ações investigativas e de segurança.
Fonte: Diário do Centro do Mundo