A influência negativa da Operação Lava Jato sobre os cofres públicos fica cada vez mais explícita. Agora, um novo estudo aponta que a perda de contratos e punições impostas pela força-tarefa às maiores construtoras brasileiras de serviços de engenharia causou um rombo de US$ 11 bilhões no setor a partir de 2015.
Segundo estimativa do advogado Evaristo Pinheiro, ex-diretor jurídico da Odebrecht e ex-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura (Sinicon), o Brasil tinha só 0,5% do mercado global de exportações de serviços de engenharia em 2020, ante 3,2% em 2015, informou reportagem do site Poder360.
Os dados mais recentes são de 2020, quando o setor atingiu o total de US$ 420 bilhões em exportação, o equivalente a R$ 1,4 trilhão. Anos antes, em 2015, o Brasil chegou a ter 3,2% desse mercado, totalizando o montante de US$ 500 bilhões, ou R$ 2,7 trilhões. A perda global de exportação de serviços de engenharia de 2015 a 2020 foi de 85%.
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Sendo assim, o pesquisador estimou que se não fosse a perda de participação do mercado nacional e global de exportação, o setor teria exportado US$ 11 bilhões a mais em 2020.
Em meio as punições Lava Jato, o faturamento das maiores empresas do setor de engenharia caiu de R$ 108 bilhões em 2015 para R$ 12 bilhões em 2019. Uma baixa de 89%.
Ainda, é válido ressaltar que a presença da engenharia brasileira em outros países começou a crescer de forma mais efetiva no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002. No entanto, com programas de financiamento a exportações, o percentual alavancou e passou de 1,5% para os 3,2% do mercado global em 2015.
Fonte: jornalggn.com.br