Estudantes e manifestantes que ocupavam a reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) foram surpreendidos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante uma ação de ocupação, nesta sexta-feira (20). O protesto, que era contra a privatização das universidades e o corte de benefícios, terminou em confronto, com a utilização de gás lacrimogêneo e spray de pimenta pelos agentes do Batalhão de Choque. O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi preso junto com dois estudantes.
Glauber Braga, que estava no local apoiando os manifestantes, tentou impedir a entrada da tropa de choque na universidade, mas foi detido pela PM. O parlamentar foi atingido por spray de pimenta e levado para a delegacia, o que gerou críticas de sua esposa, a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), que classificou a prisão como inconstitucional. A ocupação da UERJ já durava desde julho, e a Justiça havia determinado a desocupação do prédio no início da semana.
A candidata a vereadora e advogada Clarice Chacon (PSOL), que também participou do ato e foi atingida pelo spray de pimenta condenou a ação policial. “Aconteceu uma coisa absurda, inimaginável e inaceitável. A estudante presa saiu algemada, o que viola a súmula vinculante do Supremo”, pontuou.
Em nota, o Psol do Rio de Janeiro denunciou o uso de bombas de efeito moral, spray de pimenta e até um "caveirão" contra os manifestantes. Segundo o partido, Glauber Braga estava no local para proteger os estudantes e garantir que o despejo fosse realizado sem violência. A prisão do deputado mobilizou outros parlamentares e ativistas, que acusam a Polícia Militar de uso excessivo de força.