Nos últimos dez anos, o Brasil registrou um aumento nos acidentes aéreos, especialmente envolvendo aeronaves de pequeno porte e uso particular. Dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) mostram que, dos 1.825 acidentes aéreos registrados, 734 envolveram aviões particulares, representando 40,2% do total.
O ano de 2024 foi marcado pelo maior número de acidentes aéreos fatais da última década, com 33 incidentes e 137 mortes. A maioria desses desastres envolveu aeronaves particulares e agrícolas.
Faltas de manutenção e erros humanos estão entre as principais causas desses acidentes. Dados do Cenipa indicam que, de 2010 a 2019, 32% dos acidentes graves em aviões particulares ocorreram devido a falhas na manutenção das aeronaves, e 30% foram causados por problemas no julgamento da pilotagem. Além disso, 38,59% dos acidentes graves ocorreram durante o pouso.
Raul Marinho, diretor técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral, explica que a responsabilidade pela segurança nesses voos recai principalmente sobre o piloto, que deve cuidar da aeronave, planejar o voo, checar a meteorologia e garantir o cumprimento de todos os procedimentos de segurança.
Para reduzir o número de acidentes e garantir a segurança da aviação geral, especialistas recomendam que os pilotos e proprietários de aeronaves particulares invistam em manutenção preventiva, busquem atualização constante e sigam rigorosamente os protocolos de segurança, além de estarem atentos às condições meteorológicas antes de cada voo.
Fonte: Brasil 247