Brasil

Como identificar sinais de violência contra crianças e adolescentes

Caso do menino Henry desperta a atenção para a importância das denúncias de violência doméstica

Redação

Sexta - 09/04/2021 às 15:26



Foto: Divulgação Menino Henry Borel
Menino Henry Borel

Nos últimos dias, a repercussão do caso do menino Henry, de 4 anos, morto no Rio de Janeiro, tem despertado a atenção das pessoas sobre a violência doméstica contra crianças e adolescentes. O pai do menino, Leniel Borel, pediu pelas redes sociais para que as pessoas denunciem casos como o de seu filho. Mas como perceber os sinais de que uma criança pode estar sofrendo violência?

"Alguns sinais são mais evidentes, como a presença de hematomas e doenças sexualmente transmissíveis, no caso dos abusos sexuais. Mas é importante notar mudanças de hábito repentinas, alterações de humor, medo de ficar na presença de certas pessoas, adoção de comportamentos que não condizem com a faixa etária", afirma Gezyka da Silveira, Coordenadora da Unidade de Programas da Plan International Brasil em São Luís (MA).

Audiências públicas da PPP do Aeroporto de Parnaíba acontecem na próxima semana

Polícia não tem dúvida de que Dr. Jairinho é o autor da morte de Henry

Mãe foi ao salão de beleza após enterro de Henry Borel

Adultos, cuidadoras e cuidadores devem ter atenção a esses sinais para tomar providências e, inclusive, realizar denúncias aos conselhos tutelares ou pelo Disque 100. Desde o ano passado, com a rotina imposta pela pandemia de Covid-19, o volume de denúncias de crimes de violência diminuiu. A subnotificação, no entanto, não reflete o cenário real, já que crianças e adolescentes passaram a conviver ainda mais tempo com seus agressores. A falta da frequência a escolas e atividades comunitárias também atrapalha as denúncias, já que professores têm papel fundamental na observação dos sinais de violência contra crianças e adolescentes.

A Plan International Brasil também atua diretamente com as crianças, para que elas possam se proteger. O projeto Cambalhotas, que atende crianças de 7 a 10 anos, usa oficinas lúdicas e socioeducativas para sensibilizar sobre direitos. A ideia é que as crianças possam identificar quando estão em uma situação de violência, seja ela sexual ou não

Sobre a Plan International

A Plan International é uma organização humanitária, não-governamental e sem fins lucrativos que promove os direitos das crianças e a igualdade para as meninas. Acreditamos no potencial de todas as crianças, mas sabemos que isso é muitas vezes reprimido por questões como pobreza, violência, exclusão e discriminação. E as meninas são as maiores afetadas. Trabalhando em conjunto com uma rede de parcerias, enfrentamos as causas dos desafios de meninas e crianças em situação vulnerável. Impulsionamos mudanças na prática e na política nos níveis local, nacional e global, utilizando o nosso alcance, a nossa experiência e o nosso conhecimento. Construímos parcerias poderosas há mais de 80 anos e que se encontram hoje ativas em mais de 70 países.

Sobre a Plan International Brasil

A Plan International chegou ao Brasil em 1997. Desde então, se dedica a garantir os direitos e promover o protagonismo das crianças, adolescentes e jovens, especialmente meninas, por meio de seus projetos, programas e ações de incidência e de mobilização social. Tem também viabilizado condições de subsistência em comunidades que sequer tinham acesso a recursos essenciais, como a água. Implementamos projetos no Maranhão, no Piauí, na Bahia e em São Paulo. Nossas estratégias, atuando em rede com outras organizações do terceiro setor e movimentos sociais, têm pautado as demandas das meninas em novos espaços do Legislativo, Executivo e na sociedade civil, alcançando todo o território nacional. Considerada uma das organizações mais confiáveis do país, a Plan International Brasil ficou entre as 100 Melhores ONGs do país em 2020 e recebeu a certificação A+ no Selo Doar Gestão e Transparência. A Plan acredita que um mundo melhor para as meninas é um mundo melhor para todas as pessoas. E, para construir uma sociedade mais justa e igualitária, conta com o apoio de embaixadoras como Ana Paula Padrão, Thainá Duarte, Joyce Ribeiro e Astrid Fontenelle. Mais informações: www.plan.org.br

Fonte: Renata Leal

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: