
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser incluída na Lista de Difusão Vermelha da Interpol. O ministro Alexandre de Moraes pediu oficialmente que o nome dela fosse adicionado ao sistema, depois de Zambelli anunciar que deixou o país e de ter sua prisão preventiva decretada. A informação é do portal g1.
A Difusão Vermelha é uma ferramenta da Interpol, a organização internacional de polícia, que facilita a colaboração entre as forças de segurança de 196 países. Quando uma pessoa entra na lista, seus dados pessoais, foto, os crimes que cometeu e o mandado de prisão são compartilhados globalmente. Isso permite que qualquer polícia dos países membros da Interpol localize e prenda a pessoa, facilitando a sua extradição.
No entanto, a inclusão na lista não é automática. A Secretaria-Geral da Interpol faz uma análise para garantir que o caso não tenha motivos políticos, raciais, religiosos ou de origem, já que a organização precisa ser neutra. Só depois dessa verificação é que o nome pode ser oficialmente divulgado.
Zambelli foi condenada por participar de ataques ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, com a prisão preventiva decretada, passou a ser considerada foragida. Caso ela seja realmente incluída na Difusão Vermelha, sua localização e prisão em outro país seriam facilitadas e poderiam acontecer mais rapidamente.
A Difusão Vermelha foi criada em 1947, sendo o primeiro banco de dados da Interpol. Desde a década de 1980, os registros passaram a ser digitalizados. Hoje, além desse sistema, a Interpol possui outros alertas de cores diferentes e 19 bancos de dados que incluem informações como impressões digitais, DNA, documentos falsificados e até tráfico de obras de arte.
Um exemplo recente do sucesso desse sistema foi a prisão de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, membro do PCC, que estava foragido há cinco anos. Ele foi capturado na Bolívia, graças aos bancos de dados biométricos da Interpol.
Fonte: Brasil247