
A investigação sobre a morte de Vitória Regina de Souza, de 20 anos, ganhou novos desdobramentos nesta sexta-feira (15). A Polícia Civil concluiu que Maicol Sales dos Santos, único preso até o momento, pode ter sido o único responsável pela morte da jovem, que ocorreu em 26 de fevereiro deste ano, em Cajamar, na Grande São Paulo.
Os novos elementos da investigação surgiram após a análise do celular de Maicol, onde foram encontrados dados que indicam um possível monitoramento da vítima. Um print de uma publicação feita por Vitória em sua rede social, na qual ela mencionava estar voltando para casa na noite de seu desaparecimento, foi crucial para a conclusão dos investigadores. A postagem indicava que Vitória aguardava o segundo ônibus para ir para casa, algo que, para a polícia, sugere que Maicol acompanhava seus passos antes de ela ser sequestrada.
Aos investigadores, a análise do celular de Maicol também revelou fotos de outras mulheres que fisicamente se assemelhavam a Vitória, o que reforçou a tese de que o suspeito tinha um comportamento obsessivo em relação à vítima, similar a um "stalker". Além disso, câmeras de segurança da região registraram o Toyota Corolla prata de Maicol no local exato onde Vitória foi abordada, o que também fortalece a linha de investigação de que ele agiu sozinho.
O corpo de Vitória foi encontrado uma semana depois, em uma área de mata em Cajamar. De acordo com os laudos periciais, a jovem foi mantida em cativeiro, torturada e teve os cabelos raspados. Os exames também indicam que ela foi vítima de violência sexual antes de ser morta com um corte profundo no pescoço, o que causou uma hemorragia fatal.
Embora a polícia tenha pedido a prisão do ex-namorado de Vitória e de um amigo dele, a Justiça negou o pedido, e as suspeitas em relação a esses dois indivíduos perderam força. A investigação segue, com o foco em Maicol Sales dos Santos. Os laudos que devem confirmar a presença de vestígios de sangue da vítima no carro e na residência de Maicol serão entregues na próxima segunda-feira (18).
O advogado de defesa de Maicol, no entanto, reafirma a inocência de seu cliente, afirmando que as provas apresentadas até agora são superficiais e não comprovariam sua participação no crime. O caso continua sendo apurado pelas autoridades, que buscam esclarecer todos os detalhes dessa tragédia que abalou a região de Cajamar.
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Fonte: SBT News