
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida nesta terça-feira (24) no Monte Rinjani, na Indonésia, após permanecer quatro dias desaparecida. A confirmação foi feita pela família da jovem, por meio de um perfil nas redes sociais criado para acompanhar as buscas. Juliana caiu em um penhasco na última sexta-feira (20), durante uma trilha no parque nacional que abriga o vulcão ativo, um dos mais altos e visitados do país.
“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, comunicou a família.
O corpo da jovem foi localizado por uma equipe de resgate que enfrentou condições extremas de acesso. De acordo com as informações preliminares divulgadas pelo portal G1, os socorristas precisaram descer por uma encosta com declive equivalente ao do Corcovado, no Rio de Janeiro, para alcançar a área onde ela havia caído. O local é íngreme, rochoso e de difícil acesso, o que dificultou a operação de resgate desde o início.
Dificuldades nas buscas
As buscas duraram quatro dias e foram prejudicadas pela instabilidade climática na região. Segundo o Parque Nacional do Monte Rinjani, o helicóptero de resgate que poderia facilitar o trabalho não conseguiu sobrevoar a área por conta da baixa visibilidade provocada pelo mau tempo. As equipes precisaram montar um acampamento avançado nas proximidades do local onde Juliana havia sido vista pela última vez, o que possibilitou o avanço terrestre da missão.
Mochilão pela Ásia
Juliana caiu de uma altura estimada em 300 metros, segundo os relatos divulgados nas redes sociais da família e amigos. A jovem estava no país como parte de um mochilão pela Ásia, iniciado em fevereiro. Antes de chegar à Indonésia, ela passou por Filipinas, Tailândia e Vietnã. Vídeos publicados por ela mostram momentos de alegria e contemplação da paisagem junto a uma amiga, pouco antes do acidente.
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana era publicitária e dançarina. Segundo pessoas próximas, ela realizava um sonho antigo de conhecer o Sudeste Asiático. A trilha no Monte Rinjani, conhecida pela beleza cênica e pelo nível de dificuldade, pode durar até quatro dias e atrai turistas de diversas partes do mundo.
A morte de Juliana comoveu milhares de internautas e gerou uma onda de comoção nas redes sociais.
Ainda não há informações sobre os procedimentos para o translado do corpo e a liberação oficial das autoridades indonésias. A Embaixada do Brasil no país acompanha o caso.
Matéria em atualização, com possíveis correções*
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(*) Isaac Da Silva é estagiário sob supervisão da jornalista Nayrana Meireles -DRT 0002326/PI