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​Brasil lidera América Latina e supera EUA em ranking global de transição energética

País ocupa 15ª posição entre 118 avaliados e é citado como exemplo de diversificação renovável

Da Redação com informações do Brasil 247

Quarta - 18/06/2025 às 09:44



Foto: Reprodução/Redes sociais Brasil é o 15º no ranking global de transição energética e lidera na América Latina
Brasil é o 15º no ranking global de transição energética e lidera na América Latina

O Brasil alcançou destaque no Índice de Transição Energética 2025, divulgado nesta quarta-feira (18) pelo Fórum Econômico Mundial (FEM). O país aparece na 15ª colocação entre 118 nações avaliadas, superando economias como Reino Unido (16º) e Estados Unidos (17º), e se tornando o país latino-americano mais bem posicionado no ranking.

O relatório do FEM atribui ao Brasil 65,7 pontos, desempenho significativamente superior à média global, de 56,9. De acordo com o documento, o país é referência entre as economias emergentes, principalmente pela "diversificação de fontes renováveis" e pela realização de leilões híbridos que integram produção solar e eólica, práticas classificadas como "modelo para economias emergentes".

Apesar dos avanços, o estudo também faz um alerta: "Enquanto os mercados emergentes responderão por 80% do crescimento da demanda energética nos próximos anos, mais de 90% dos investimentos em energia limpa permanecem concentrados nas economias desenvolvidas e na China", diz o texto.

O índice avalia os países com base em três dimensões principais: desempenho do sistema energético, prontidão para a transição e sustentabilidade ambiental. Segundo o Fórum, o Brasil tem mostrado um "histórico consistente de investimentos em energias renováveis", o que o mantém em posição de destaque no cenário global.

Ritmo de progresso mundial

Outro ponto positivo destacado pelo relatório é o ritmo de progresso mundial. Cerca de 65% dos países avaliados apresentaram melhorias em relação à edição anterior do índice, número considerado o melhor desde 2021. No entanto, o Fórum pondera que os avanços ainda são lentos frente às metas climáticas.

"O investimento anual em energia limpa precisa quase triplicar, chegando a US$ 5,6 trilhões, para que a transição energética aconteça de forma equitativa e eficaz", destaca o relatório.

Entre os principais obstáculos à transição global estão a burocracia nos processos de licenciamento de projetos, a falta de mão de obra qualificada no setor e a ausência de mecanismos sólidos para garantir financiamento em países em desenvolvimento.

O topo do ranking segue dominado por países nórdicos. A Suécia lidera com 77,5 pontos, seguida por Finlândia, Dinamarca e Noruega. A Suíça ocupa a quinta posição. Portugal também se destacou, figurando na 10ª colocação.

Entre as economias emergentes, a China atingiu sua melhor colocação histórica: 12º lugar, impulsionada por investimentos expressivos em infraestrutura e tecnologia voltada à energia limpa. A Índia e a Nigéria também apresentaram desempenhos relevantes. O caso nigeriano chama atenção: o país africano saltou do 109º lugar em 2014 para o 61º em 2025.

A divulgação do ranking reforça o papel do Brasil na liderança energética regional, mas também ressalta a necessidade de maior aporte financeiro internacional para consolidar e ampliar os avanços alcançados.

Fonte: Brasil 247

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