
O general do Exército Walter Braga Netto, alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado, está entre os indiciados no relatório final da PF no âmbito do chamado inquérito do golpe. Segundo informações de O Globo, ele deverá ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em janeiro de 2025, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos.
A PGR tem a expectativa de que, nos primeiros meses de 2025, os procuradores apresentem ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma decisão sobre a viabilidade de uma ação criminal contra os 37 investigados no caso, o que pode permitir o julgamento no primeiro semestre do ano seguinte. Caso a denúncia seja aceita, o processo será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, e analisado pela Primeira Turma da Corte, composta por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e Moraes. Se o STF receber a denúncia, os réus terão a oportunidade de se defender e apresentar testemunhas. A resolução do caso deve ocorrer em 2025, evitando que o processo interfira na eleição presidencial de 2026.
Braga Netto foi identificado pela PF como membro de dois dos seis núcleos de uma suposta organização criminosa que teria tentado implementar um golpe de Estado no Brasil. O ex-ministro de Bolsonaro é acusado de ter ligação direta com os planos golpistas, conforme depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid relatou à PF que uma reunião para planejar o golpe aconteceu na residência de Braga Netto.
Além de ministro no governo Bolsonaro, Braga Netto foi também candidato a vice-presidente na chapa derrotada nas eleições de 2022, ao lado de Bolsonaro. A defesa do general nega as acusações e afirmou que está preparada para contestar qualquer medida legal.
Fonte: Com informações do Brasil 247