O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 70 anos, continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após ser submetido a uma cirurgia de 12 horas no domingo (13) para tratar uma obstrução parcial no intestino. Segundo boletim médico divulgado nesta terça-feira (15), seu quadro clínico é estável, sem dor, sangramentos ou outras complicações, e ele já iniciou sessões de fisioterapia motora e respiratória.
A cirurgia, classificada pelos médicos como a mais complexa realizada em Bolsonaro desde o atentado que sofreu em 2018, envolveu a liberação de aderências intestinais e a reconstrução da parede abdominal. De acordo com o chefe da equipe médica, Cláudio Birolini, a parede abdominal do ex-presidente estava "bastante danificada" devido às múltiplas cirurgias anteriores.
Bolsonaro compartilhou um vídeo em suas redes sociais nesta manhã, no qual aparece caminhando pelos corredores do hospital com o auxílio de um andador e acompanhado por profissionais de saúde. Ele agradeceu o apoio recebido e afirmou estar concentrado em sua recuperação.
A equipe médica informou que, por enquanto, não há previsão para a alta da UTI e que o ex-presidente segue sem receber visitas, com acesso restrito a familiares e profissionais de saúde. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) estão acompanhando o paciente.
A obstrução intestinal que motivou a cirurgia foi causada por aderências formadas após as cirurgias decorrentes do atentado de 2018. O procedimento atual é o sexto relacionado às complicações do episódio. Bolsonaro foi hospitalizado inicialmente em Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Ele foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, a pedido da família.
Além das questões de saúde, o ex-presidente enfrenta desafios jurídicos. Ele é investigado por suposta tentativa de golpe de Estado após os atos de 8 de janeiro de 2023 e está inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
A recuperação de Bolsonaro será gradual, com atenção especial à função pulmonar e à prevenção de complicações como pneumonia e trombose. A equipe médica destacou que as primeiras 48 horas após a cirurgia são críticas e requerem cuidados intensivos.
Fonte: Brasil 247
Siga nas redes sociais
