Olhe Direito!

Olhe Direito!

O voo solo de Ana Carolina

Especialmente sobre Ana Carolina, penso ser praticamente um dever meu e de Liana estarmos orgulhosos da determinação, força de vontade, resiliência

Alvaro Mota

Quinta - 02/02/2023 às 14:49



Foto: Divulgação Conquista
Conquista

Hoje é um dia especialmente feliz para mim. Por isso, aos leitores deste jornal, peço humildemente a permissão para abrir meu coração como pai de uma menina, Ana Carolina Fortes da Motta, que nesta data começa dar seus passos na educação superior, em São Paulo, onde eu e minha amada Liana estamos a deixá-la neste 2 de fevereiro para que comece um curso de Publicidade e Propaganda.

Torna-se a data ainda mais especial a mim porque há nela uma feliz coincidência: foi justamente em um 2 de fevereiro, 40 anos atrás, que, tão jovem quanto Ana Carolina, mudei-me para Recife, levado por minha mãe, Elizalva Ferreira da Rocha Mota. Tinha 16 anos e estava ainda a me preparar para ingressar na educação superior, o que de fato se deu com minha admissão para a Faculdade de Direito do Recife.

Um oceano de tempo separa esses 2 de fevereiro, de 2023 e 1983, tempo o bastante para que uma nova geração das nossas famílias, minha e de Liana, viesse ao mundo para trilhar seus próprios caminhos, parte deles percorridos com pai, mãe, avós, tios. A maior parte para ser feita com as forças, o conhecimento e a capacidade de navegar que nossos filhos foram adquirindo ao longo do percurso.

Neste intervalo de 40 anos, tive a sorte de um amor tranquilo e de formar uma maravilhosa família. E justamente agora neste começo de ano, o que começou com minha saída de Teresina se consolida na iniciação de Ana Carolina no ensino superior, na graduação de nossa filha Ana Luísa em Arquitetura e no grau de mestre em Direito que nosso filho Berilo conquista pela PUC-SP.

Especialmente sobre Ana Carolina, penso ser praticamente um dever meu e de Liana estarmos orgulhosos da determinação, força de vontade, resiliência e vontade de nossa filha em seguir uma carreira, estudando longe de nós, abrindo seus olhos para um infindável horizonte. Digo isso porque a escolha dela é guiada por suas convicções e talento próprios, pelo amor à leitura, a dedicação à escrita, a aptidão natural para o desenho e a arte – o que dá ainda mais razão para nos enchermos de alegria.

Eu e Liana somos pai e mãe e, como tal, também podemos nos encher de apreensão, mas sempre podemos nos lembrar de nossa fé cristã – que neste dia nos brinda com uma segunda coincidência feliz: 2 de fevereiro é dia de Nossa Senhora das Candeias, que a tradição católica nos mostra ser a mãe que apresenta seu filho, o Cristo, diante do templo para iluminação dos caminhos dos que têm fé, que sem obras, sem esforço, é pouco ou quase nada.

O orgulho que enche os dois corações de pai e mãe de Ana Carolina também cabe o afeto e cuidado que sempre nos guiam nessas horas em que nossos filhos partem para construir seus espaços de vida, de trabalho, sonhos.  Afinal, como ensina a sabedoria judaica, primeiro a gente dá raízes para os filhos, depois damos-lhes asas, de modo que possam voar não nos céus que imaginamos, mas nos céus de suas próprias conquistas.

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Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

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