Filosofia de Vida

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TRANSTORNO BIPOLAR

Especialista explica como a doença é capaz de alterar o cérebro

Transtorno bipolar pode gerar alterações no cérebro

Terça - 09/05/2023 às 21:08



Foto: Divulgação Transtorno Bipolar
Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar é uma doença maníaco-depressiva conhecida por gerar flutuações extremas de humor, criando uma alternância entre estados de euforia, depressão e normalidade que variam bastante de frequência, intensidade e duração, além de irritabilidade, esquecimento, aumento da libido, ideias suicidas e fala compulsiva.

Normalmente, ele se manifesta em ambos os sexos entre os 15 e 25 anos, apesar de também poder afetar crianças e idosos, em geral, seus sintomas podem ser confundidos com outras doenças, por isso, é fortemente indicado contar com um profissional para um diagnóstico exato que ajudará a direcionar melhor seus tratamentos.

Como explica o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, as causas desse transtorno ainda não são totalmente compreendidas, mas há fortes indícios da sua ligação com a genética.

“As causas exatas do transtorno bipolar ainda são desconhecidas, mas ela tem sido fortemente associada a fatores genéticos que causam alterações específicas em algumas áreas do cérebro e na ação de determinados neurotransmissores, o que gera oscilações de humor”.


“Alguns estudo correlacionam o transtorno com a ação do gene AKAP11, que também pode estar ligado ao desenvolvimento de esquizofrenia, a ação dos genes é fundamental nesse processo, cerca de 80% dos casos estão associados a fatores genéticos hereditários”. Afirma.

Transtorno bipolar pode gerar alterações no cérebro

De acordo com os resultados de um dos maiores estudos sobre bipolaridade que analisou ressonâncias magnéticas de mais de seis mil pacientes, houve redução da massa cinzenta no cérebro de pessoas com o transtorno bipolar em comparação com pessoas saudáveis, as alterações foram mais significativas nas regiões frontal e temporal do cérebro, responsáveis pelo controle das emoções.

“Diversos neurotransmissores também são alterados em pessoas com o transtorno, a noradrenalina, por exemplo, apresenta reduções significativas em pacientes com bipolaridade, níveis de dopamina e serotonina também são alterados, mudanças que, neste último, também se relacionam com comportamentos agressivos e suicídio”. Explica Dr. Fabiano de Abreu.

Tratamento do Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar não tem cura, mas com os tratamentos disponíveis pode ser controlado, melhorando a qualidade de vida do paciente.

Geralmente o tratamento se baseia em mudanças no estilo de vida do paciente, como o corte do consumo de substâncias psicoativas e estímulo a hábitos saudáveis, como controle do estresse e qualidade de sono, além do uso de psicoterapia.

O uso de medicamentos também é importante, a depender da evolução do quadro e da gravidade da doença, podem ser prescritos ansiolíticos, neurolépticos, antipsicóticos, estabilizantes de humor e até anticonvulsivantes.

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; Mestre em Psicologia; Mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filósofo, Jornalista, Especialização em Programação em Python, Inteligência Artificial e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Européia de Neurociências; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
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