Filosofia de Vida

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FILOSOFIA DE VIDA

As pessoas estão ficando doentes emocionalmente diante da atual pandemia

A pandemia está trazendo mais doenças do que somente a Covid-19. Psicanalista Dr. Italu Colares mostra como a saúde emocional está correndo sérios riscos neste cenário tão adverso.

Jennifer da Silva

Quinta - 10/06/2021 às 06:59



Foto: Divulgação Dr. Italu Colares
Dr. Italu Colares

A pandemia de COVID-19 instalou uma crise esmagadora e surpreendeu a civilização humana, ao invadir rapidamente os territórios e se alastrar ao redor do mundo inteiro, gerando ameaças e grandes desafios à existência humana. Mas não foi a primeira vez que a humanidade esteve em perigo. Basta lembrar que antes de sofrer com os efeitos da Covid-19, a sociedade teve que superar a peste negra, gripe espanhola e o H1N1.

Agora, ao enfrentar uma ameaça real de um microorganismo "invisível", que produz tensão emocional e provoca mudanças que repercutiram em múltiplas dimensões da vida de cada ser humano, "o vírus tem ameaçado diretamente a independência, a autonomia e o senso de controle da própria vida da maior parte da população mundial", revela o Pós doutor em Educação Eletrônica, psicanalista, licenciado em filosofia e teólogo, Dr. Italu Colares. Diante desse cenário difícil, ele observa que "todos estão preocupados, e isso é natural. As pessoas estão perdendo pessoas próximas para a doença. Como se não bastasse, muitos estão isolados e essa solidão está 'enlouquecendo' as pessoas"

Pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) descreve que o número de pessoas com depressão aumentou de 4,2% para 8% entre os meses de março e abril de 2020, e que o número de pessoas com ansiedade elevou de 8,7% para 15%. O estresse elevou também os níveis de irritabilidade, provocou alterações do sono, aumento do consumo de tabaco, de álcool e de outras substâncias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as respostas psicológicas são manifestações naturais, reativas à condição de mudança inesperada e aleatória. Entretanto, a direção da OMS faz importante alerta para o fato de que os efeitos danosos na saúde mental das pessoas frente à grave crise que vivemos, tem sido extremamente preocupante e chama a atenção dos governantes e sociedade civil para a necessidade de aumentar o investimento em serviços de saúde mental, por ser parte importante da saúde e bem-estar geral.

"Somos seres sociáveis e temos a necessidade de nos relacionar uns com os outros", afirma o psicanalista. "Além de estarmos enclausurados a solidão nos remete mais ao passado lembrando dos nossos traumas e pauras de maneira que isso afeta o nosso convívio com nossos familiares. Como dizia Freud: vivemos o passado no presente. O cenário atual tem aflorado os problemas familiares. E, ainda temos o problema da rotina do não contato e do medo constante do inimigo invisível", reforça

Mas, diante da atual situação, como a humanidade deve lidar com essa situação? Segundo o filósofo, devem-se seguir alguns apontamentos diante da atual situação:

1.       Interaja com as pessoas

"A sociologia assim como a psicologia aceitam isso como um padrão. Somos seres sociáveis. Precisamos de interação social. Precisamos interagir. Freud acreditava na cura por meio da fala. Mas como fazer isso diante do quadro atual? É evidente que no período da peste negra a população não tinha acesso à tecnologia disponibilizada nos dias atuais. Então devemos usar a tecnologia disponível ao nosso favor para interagir, conversar e nos relacionar com as pessoas queridas que estão distantes de nós por meio da internet. Isso será de grande valia. Também é o momento para que as famílias interajam em suas casas e desliguem os dispositivos eletrônicos e se relacionem ao máximo. Aproveite a oportunidade".

2.       Procure fazer coisas que gosta dentro das atuais limitações

"Quanto tempo você não faz aquele bolo que você tanto gosta? E aquele idioma que todo ano diz que vai aprender e você só protela? Há quanto tempo você não brinca com o seu filho? A quanto tempo você não lê um livro? Pense nas coisas que gostaria de fazer e faça com as limitações impostas nesse novo tempo".

3.       Não deixe os protocolos sanitários

"Por mais que esteja difícil, não deixe os cuidados de lado. Mantenha para que assim no dia de amanhã você possa viver e não ser atingido por esse vírus letal".

4.       Meditação

"A meditação no passado era algo praticado exclusivamente por budistas, monges tibetanos, cabalistas e orientais. Hoje, empresários e profissionais liberais a têm praticado por reconhecer a sua eficácia. Usufrua disso. No YouTube tem vários áudios disponibilizados para meditação. Com certeza você pode começar hoje. Fazendo a meditação você poderá se conhecer mais e também entenderá coisas que no estado alerta muitas vezes você não entende".

5.       Apego espiritual

"Carl Gustav Jung foi discípulo da escola freudiana. Apesar de discordar de seu mestre, Jung proporcionou grandes contribuições para a psicologia analítica. Jung acreditava que o homem possui além de um inconsciente individual um inconsciente coletivo. Em diversos dos seus trabalhos, ele desenvolveu uma ligação muito forte com a espiritualidade demonstrando assim o trabalho terapêutico que tem a religião e a espiritualidade. Em que você acredita? Exercite isso. Ore, fale com o divino, medite, com certeza isso fará com que você esteja muito mais saudável emocionalmente, psicologicamente e até fisicamente, pois essas atividades provocam reações bioquímicas em nossos corpos".

Fonte: Suporte MF Press Global

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; Mestre em Psicologia; Mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filósofo, Jornalista, Especialização em Programação em Python, Inteligência Artificial e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Européia de Neurociências; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
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