O Ministério Público Federal deveria investigar o que houve com os R$ 40 milhões que o Governo Federal diz ter gasto na recuperação de 150 de asfalto da BR-343, no trecho que vai do município de Altos à cidade de Piracuruca, na região Norte do Piauí.
As obras naquela rodovia foram mal feitas, mal acabadas e com material de baixa qualidade. Foram realizadas através da Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trasportes - DNIT, no Piauí, cujo titular é o engenheiro José Ribamar Bastos.
O DNIT é vinculado ao Ministério da Infraestrutura, comandado pelo capitão de engenharia Tarcísio Freitas.
A recuperação do trecho da BR-343 foi inaugurada há menos de um ano, em março de 2021, com pompas e circunstâncias, pelo ministro Tarcísio Freitas.
Mas a péssima qualidade do material e o acabamento do asfalto não demoraram a aparecer. Ranhuras, ondulações e desníveis estão por todos os 150 quilômetros reformados da rodovia.
Em quase todo o trecho reformado está claro que não houve compactação e o acabamento adequados. Na verdade, a compactação está sendo feira pelos veículos pesados que rodam naquela rodovia federal. É possível vê a olho nú que o asfalto está esfarelando e soltando na área central nos dois sentidos da pista.
Por causa das chuvas e do tráfego de veículos, em alguns lugares os buracos já começam a aparecer.
Se a recuperação de apenas 150 quilômetros do asfalto da BR-343 era para durar pelo menos cinco anos, como boa parte das "estradas sonrizal" feitas pelo país, essa obra não completou nem um ano sem problemas.
Servidor ou servidores públicos que receberam e atestaram a boa qualidade dessa obra deveriam ser investigados, porque erraram feio. A obra foi nitidamente mal feita.