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Economia Solidária, justa e Sustentável


Feira da Economia Solidária

Feira da Economia Solidária Foto: maispiaui.com

Todos nós precisamos ter uma economia mais justa, humana, menos desigual, solidária e com emprego. Como organizar um mundo com justiça e menos desigual? Isto passa pela economia que tem poder de prover melhor situação, motivo pelo qual devemos ter uma economia voltada para o social. A moderna economia precisa ser organizada com a inclusão social e com todos os envolvidos com o socioeconômico, o neocooperativismo pode ser um dos meio, pela aplicação de seus princípios.

O neoliberalismo, pensamento único no mundo que é concentrador de renda e de poder é excludente, motivo pelo qual é indispensável criar um novo contexto socioeconômico, solidário e em cooperação que sirva de base para proposta do neocooperativismo num momento em que o mercado, está fora de controle, especulação financeira, injustiça econômica e pobreza. É indispensável numa situação de emergência rever o cooperativismo e incluí-lo no currículo escolar, e a doutrina da cooperação participe da nossa cultura que tem um único pensamento dominante, o neoliberalismo. 

É preciso rever o modelo econômico vigente neste século, pois na pandemia houve um aumento significativo de desigualdade social e construir princípios para gerar mudanças para um desenvolvimento socioeconômico que inclua a cooperação, solidariedade, participação, sustentabilidade, comércio justo. 

Nesta época de pandemia, precisa acabar a resistência a uma moderna economia que os povos precisam e dar destaque ao seguinte:- necessidade de reduzir a pobreza para uma distribuição justa, acesso aos serviços básicos como saúde, saneamento e educação e assumir um projeto de transição, senão teremos consequências socioeconômicas que redundam em desastres, uma vez que convivemos com pobreza, falta de emprego, de trabalho, fome, precarização da mão de obra. 

Precisa de um sistema econômico com justiça para inclusão social em que se destaque a necessidade de uma organização econômica, social e política. Em momentos de crise o cooperativismo se fortalece de forma concreta e prática, pois organiza o social para um melhor aproveitamento econômico e justo. 

O Estado passa a precisar do cooperativismo para gerar sua autonomia econômica e organizar o social, uma vez que passa por crise devido a pandemia. Atualmente, alerta para a necessidade de um novo mercado para resolver o descontrole do social. Isto reforça a necessidade de mudanças, pois o cooperativismo, ao organizar o social estabelece as bases do econômico dos cooperadores/donos. 

O cooperativismo no Brasil em 1988 na constituição conseguiu a autonomia na organização cooperativa, motivo pelo qual passou a ser preciso revê-lo. O cooperativismo antagônico ao neoliberalismo apareceu em num ambiente de "Revolução Industrial", e, com uma postura em que anula a precedente, reagiu ao capitalismo individualista, egoísta. O lema de liberdade, fraternidade e igualdade imperava e os tecelões de Rochdale, respeitando a liberdade individual, conduziram à adesão livre, à fraternidade social e à igualdade econômica, organizando-as para determinar a disposição necessária para implementar pela cooperação, o socioeconômico.

Nesse contexto é indispensável combater o pensamento único do neoliberalismo e transformá-lo numa economia solidária. Nesta situação transformar o sistema político e o econômico numa sustentabilidade para a humanidade e o planeta, numa cooperação mútua como propõe a doutrina econômica da cooperação que sugere que se organize com autonomia financeira pelo próprio capital do cooperador/dono e estabelece as base da autogestão.

A doutrina da cooperação deve se fortalecer e assumir sua moderna condição, adaptando-se a esta nova época, tornando-se uma doutrina que, pela universalidade de seus princípios, mais uma vez seja útil, e que, munindo-se de meios de defesa, retorne como economia concorrencial, reorganizando o social para cumprir com seu maior dever, gerar trabalhos. O forte papel de saber resistir às adversidades sociais através da organização do econômico reforça a posição de que a organização social não sobrevive sem o econômico.

A gravidade da crise atual, consequência da covid 19, que começa com o país que já tinha tido o PIB abaixo das expectativas, cria a necessidade de uma profunda ruptura do sistema vigente para combater com o mercado desregulado, especulação financeira que tem como resultado a injustiça social e a pobreza, motivo pelo qual se impõe a necessidade de mudar e rever o cooperativismo para implementar um neocooperativismo pela doutrina econômica da cooperação e constituir uma nova economia e política para a economia solidária. 

Isto torna urgente mudar a organização numa nova economia e criar um mundo sustentável, justo e solidário. 

**Rosalvi Monteagudo

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