
O modelo de trabalho remoto, que ganhou força nos últimos anos, tem trazido benefícios como flexibilidade e economia de tempo, mas também tem levantado um importante sinal de alerta: os impactos do home office na saúde mental e física dos trabalhadores.
Cada vez mais, especialistas em saúde têm chamado atenção para os efeitos do isolamento, da falta de ações estruturadas e da sobrecarga emocional em quem adotou o trabalho remoto como padrão. Com a rotina dentro de casa, muitos profissionais passaram a enfrentar jornadas mais longas, dificuldade para desconectar e ausência de limites claros entre o trabalho e a vida pessoal.
Ainda, a ausência de interações sociais presenciais, com colegas de trabalho, pode causar sentimentos diversos como isolamento e solidão, principalmente para pessoas que moram sozinhas. O resultado é o aumento de casos de ansiedade, estresse, insônia e até síndrome de burnout.
Além dos danos emocionais, o trabalho remoto também tem provocado problemas físicos. Sem uma estação de trabalho ergonômica, é comum o surgimento de dores na coluna, pescoço, ombros, lesões por esforço repetitivo e outros quadros relacionados à má postura e sedentarismo.
De acordo com o psicólogo Ítalo Silva, coordenador do curso de psicologia da Estácio Teresina, é essencial que empresas e colaboradores se atentem a esses sinais.
“A saúde no home office vai além da produtividade. É preciso pensar em pausas regulares, estrutura adequada e equilíbrio emocional. Muitas vezes, o colaborador não percebe que está ultrapassando seus próprios limites”, destaca o especialista, que possui experiência na área organizacional.
Ainda segundo o profissional, para reduzir os impactos negativos, é importante que empresas invistam em ações como ginástica laboral online, apoio psicológico via plano de saúde, palestras sobre saúde mental e orientação ergonômica para o ambiente doméstico.
A discussão propõe uma reflexão sobre a sustentabilidade do trabalho remoto a longo prazo e reforça a importância do cuidado integral com o colaborador.
Fonte: Estácio Teresina