Teresina registrou uma queda significativa no número de casos de HIV em 2024, revertendo a tendência de alta observada nos anos anteriores. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), a capital registrou 469 casos em 2024, 15% a menos do que os 569 casos de 2019, que foi o ano com mais registros, e também menos do que em 2023 (553 casos).
A queda continua em 2025, com 424 casos contabilizados até 1º de dezembro. Para a Coordenação de IST/HIV e Hepatites Virais da FMS, os dados reforçam a importância da ampliação das estratégias de prevenção e tratamento.
Tratamento e Prevenção Combinada
A FMS alerta que, apesar dos avanços no tratamento, o preconceito e o estigma continuam sendo as principais barreiras. A coordenadora Alana Niége enfatiza que o uso contínuo da medicação permite que a carga viral se torne indetectável e, consequentemente, intransmissível (I=I), garantindo qualidade de vida e interrompendo a cadeia de transmissão.
Para conter a epidemia, o município trabalha com a estratégia de Prevenção Combinada, que integra diversas ferramentas de proteção, disponíveis gratuitamente na rede pública:
Preservativos disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e unidades especializadas.
Testagem precoce realizada gratuitamente em todas as UBS e no Centro de Testagem e Aconselhamento. A testagem em gestantes é crucial, pois o tratamento imediato evita a transmissão vertical ao bebê.
PEP – Profilaxia Pós-Exposição, indicado após situações de risco, está disponível 24h na urgência do Hospital Natan Portella.
PrEP – Profilaxia Pré-Exposição, uso diário ou sob demanda antes da exposição ao HIV, disponível no SAE do Centro Lineu Araújo.
A FMS reforça que o diagnóstico e o início imediato do tratamento são essenciais, pois "quanto mais cedo o diagnóstico, mais cedo o tratamento é iniciado. E com o tratamento adequado, a pessoa alcança níveis indetectáveis do vírus, o que impede a transmissão."
Fonte: FMS