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SUS passa a oferecer tratamento inovador de atrofia muscular espinhal

Doença é rara, atingindo menos de 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos

Da Redação

Domingo - 23/03/2025 às 16:00



Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil Crianças que precisam de tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1
Crianças que precisam de tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1

Apartir desta segunda-feira (24), crianças diagnosticadas com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1 terão acesso a um tratamento inovador pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento Zolgensma, que custa cerca de R$ 7 milhões na rede particular, agora será disponibilizado gratuitamente.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da iniciativa. “O SUS entra para um seleto grupo de sistemas públicos no mundo que oferecem essa terapia gênica”, afirmou.

O tratamento é indicado para bebês de até seis meses que não dependem de ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas diárias. Com essa inclusão, o SUS agora disponibiliza todas as terapias modificadoras para AME tipo 1.

Como funciona o tratamento

A AME é uma doença genética rara que afeta os neurônios motores, prejudicando funções básicas como respirar, engolir e se movimentar. O Zolgensma age corrigindo a falha genética que causa a doença, permitindo uma melhora na qualidade de vida dos pacientes.

A decisão de incorporar o medicamento ao SUS veio por meio de um acordo com a fabricante. O pagamento será feito conforme os resultados apresentados pelos pacientes ao longo do tratamento.

Como ter acesso ao tratamento

Para receber a medicação, a família deve procurar um dos 28 centros de referência distribuídos em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Piauí, entre outros. Os pacientes serão avaliados conforme os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Antes da inclusão no SUS, o Zolgensma já vinha sendo distribuído em casos específicos por meio de decisões judiciais. Além dessa nova opção, o SUS já oferece outros medicamentos para tratar AME tipos 1 e 2, como nusinersena e risdiplam, que exigem uso contínuo.

A oferta do tratamento gratuito representa um grande avanço para as famílias que enfrentam a doença, garantindo mais qualidade de vida para as crianças diagnosticadas com AME tipo 1.

Fonte: Agência Brasil

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