Por * Júlio Cesar Ayres
As doenças crônicas não transmissíveis são o principal grupo de causas de óbitos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Dentro deste grupo destaca-se as doenças cardiovasculares (DCV) como responsável pela maior parte destas mortes.
Dados do próprio Ministério da Saúde, evidenciam que aproximadamente 30% dos óbitos são decorrentes das DCV; por isto, estas devem ser valorizadas e medidas preventivas são fundamentais para diminuir sua prevalência na nossa sociedade.
Infelizmente no cotidiano da maioria das pessoas da nossa sociedade, independente do sexo, idade ou até mesmo classe social, está intimamente embutido vários dos considerados fatores de risco para as DCV; dentre estes, podemos citar o tabagismo, o estresse do dia a dia e o sedentário como características cada vez mais presentes no nosso meio, tornando a população alvo fácil do aparecimento dessas doenças; inclusive, em idade cada vez mais precoce.
Até crianças que, outrora brincavam nas praças se exercitando, muitas vezes ficam uma grande parte do tempo sentadas quer estudando, quer “brincando”, diminuindo seus exercícios e facilitando a ingesta dos chamados “fast-food”, práticos, todavia potencialmente nocivos pois na maioria das vezes não têm componentes saudáveis e/ou balanceados na sua composição dietética; acarretando num aumento progressivo do peso, levando a outro fator de risco tão importante quanto o sedentário – a obesidade.No intuito de mudarmos esse percurso, devemos estimular adultos, idosos e crianças a mudanças no estilo de vida, valorizando a prevenção, informando a importância da preservação da saúde para manter qualidade adequada de vida por toda a vida, independente de quão longeva a mesma for.
* Júlio Cesar Ayres - Doutor em Ciências Médicas e Professor de Cardiologia do IDOMED