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Mpox continua a circular no Brasil e OMS declara emergência global

Novo surto, impulsionado pela variante clado 1b, levanta preocupações com a transmissão acelerada e o aumento de casos em crianças

Da Redação

Segunda - 16/09/2024 às 09:44



Foto: REUTERS Mpox
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A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos e que causou um surto global em 2022, nunca deixou de circular no Brasil. Até 10 de setembro, o Ministério da Saúde registrou mais de 1.000 casos confirmados ou prováveis. Embora esse número seja menor do que os 10.000 casos registrados no auge do surto de dois anos atrás, a doença voltou a ser foco de atenção global. Em 24 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência de saúde pública devido a um novo surto.

O vírus da mpox é endêmico na África Central, com duas variantes principais: clado 1 e clado 2. O clado 2 foi responsável pelo surto de 2022 e ainda circula no Brasil. A nova cepa, clado 1b, identificada no final de 2023 na República Democrática do Congo (RDC), se espalha mais facilmente e agora atinge áreas urbanas e grupos como crianças, o que não acontecia antes.

Enquanto o surto de 2022 foi predominantemente transmitido entre homens que fazem sexo com homens e atingiu mais de 100 países, o surto atual, causado pelo clado 1b, preocupa pela rapidez da transmissão, que não se limita apenas ao contato sexual. O número de crianças afetadas também é alarmante.

A situação na RDC é grave, com mais de 15.000 casos e 500 mortes este ano. O surto se espalhou para países vizinhos e pode se expandir ainda mais. A OMS lançou um plano global que inclui vigilância, prevenção e acesso a recursos para enfrentar a doença.

Como a doença é transmitida?

A mpox é uma zoonose transmitida por roedores e também entre humanos através do contato direto com lesões ou objetos contaminados. A transmissão pode ocorrer por gotículas e contato com roupas ou objetos pessoais. A pessoa só deixa de transmitir a doença quando todas as lesões estão curadas, o que pode levar até 21 dias.

O tratamento foca no alívio dos sintomas e prevenção de complicações. Existe um antiviral, o tecovirimat, mas sua eficácia contra o clado 1 ainda é questionada.

As vacinas são limitadas globalmente e são priorizadas para pessoas de alto risco e trabalhadores da saúde. O Brasil aplicou quase 50 mil doses em 2023 e está negociando novas doses com a OPAS.

O Ministério da Saúde criou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para monitorar e coordenar as ações contra a mpox, trabalhando em colaboração com estados, municípios e a OMS.

Fonte: Brasil 247

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