Saúde

PREVENÇÃO

“Pulmão de pipoca”: entenda o risco por trás do uso de vapes

Substâncias tóxicas presentes em vapes podem causar doença pulmonar grave e irreversível

Da Redação

Segunda - 30/06/2025 às 08:32



Foto: Reprodução Jovem segura diferentes modelos de cigarros eletrônicos saborizados
Jovem segura diferentes modelos de cigarros eletrônicos saborizados

Uma doença pulmonar grave associada ao uso de cigarros eletrônicos com sabores voltou a preocupar autoridades de saúde. Conhecida como “pulmão de pipoca”, a bronquiolite obliterante é causada pela inalação de diacetil, um composto químico aromatizante que ganhou notoriedade nos anos 2000, quando intoxicou trabalhadores de fábricas de pipoca de micro-ondas. Apesar de proibido em alimentos, o diacetil ainda é usado em diversos líquidos para vapes.

O diacetil provoca cicatrização dos pequenos sacos de ar nos pulmões, estreitando as vias respiratórias. Os principais sintomas da doença incluem tosse persistente, chiado no peito e falta de ar. A condição é progressiva e, embora tratável, não tem cura. Caso a exposição continue, o quadro pode evoluir para insuficiência respiratória grave.

Estudos da Universidade de Harvard apontaram a presença do diacetil em 39 das 51 marcas de cigarros eletrônicos analisadas. Além dele, foram identificadas outras substâncias tóxicas, como pentanodiona e acetoína, presentes em grande parte dos sabores testados. Cerca de 92% dos produtos continham pelo menos uma dessas três substâncias.

A preocupação aumenta diante do uso crescente dos vapes entre jovens. Embora a FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA) tenha prometido regulamentar esses produtos, a exigência de submissão à análise foi adiada para 2022. Até lá, os cigarros eletrônicos continuam circulando livremente no mercado.

A American Lung Association entrou com uma ação contra a FDA, criticando a demora nas ações regulatórias. “Trata-se de um problema de saúde pública urgente”, afirmou a entidade, cobrando a retirada imediata de compostos tóxicos dos vapes.Segundo a associação, a exposição contínua representa risco elevado, especialmente para adolescentes.

Fonte: Diario do centro do mundo

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