Saúde

MPOX

Diretor da OMS na Europa diz que mpox não é uma nova Covid

Hans Kluge ressaltou, no entanto, a importância de garantir vacinas e medicamentos antivirais para quem mais precisa

Da Redação

Terça - 20/08/2024 às 09:49



Foto: Schutterstock OMS
OMS

O diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, afirmou nesta terça-feira (20), em Genebra, que a mpox, seja pela nova variante 1 que está causando o surto atual na África ou pela variante 2 que gerou uma emergência global em 2022, não é uma nova COVID.

“Já sabemos bastante sobre a variante 2, mas ainda precisamos aprender mais sobre a variante 1. Até agora, sabemos que a mpox se espalha principalmente pelo contato da pele com as lesões, inclusive durante o sexo”, explicou. “Temos as informações necessárias para controlar a mpox e, na Europa, sabemos os passos que devemos seguir para eliminar a transmissão completamente”, acrescentou.

Hans Kluge lembrou que, há dois anos, foi possível controlar a doença na Europa com o envolvimento direto de grupos mais afetados, como homens que fazem sexo com homens (HSH). “Implementamos uma vigilância eficaz, investigamos detalhadamente novos contatos de pacientes e oferecemos orientações claras de saúde pública”, detalhou.

“A mudança de comportamento, ações de saúde pública sem discriminação e a vacinação contra a mpox ajudaram a controlar o surto em 2022”, disse. No entanto, ele alertou que, devido à falta de comprometimento e recursos, falhamos nas etapas finais, já que atualmente a Europa registra cerca de 100 novos casos da variante 2 todo mês.

Sobre a nova emergência global causada pela variante 1 da mpox, Kluge destacou que isso permite à Europa focar novamente na variante 2. Ele mencionou ações como fortalecer a vigilância e o diagnóstico de casos e emitir recomendações de saúde pública para viajantes “baseadas em ciência e não no medo, evitando estigmas”.

O diretor da OMS Europa também ressaltou a importância de garantir vacinas e medicamentos antivirais para quem mais precisa. “Mesmo enquanto reforçamos a vigilância contra a nova variante 1, devemos nos esforçar para eliminar completamente a variante 2 da Europa”, disse ele.

Ele finalizou enfatizando que é crucial ter uma resposta coordenada nesse momento, especialmente na região africana. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças na África declarou a mpox uma emergência continental pouco antes da declaração global da OMS. “A Europa deve agir em solidariedade”, concluiu Kluge, mencionando ações imediatas para este momento crítico e também estratégias a longo prazo.

Fonte: Agência Brasil

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: