
O Conselho Federal de Medicina (CFM), proibiu a utilização de anestia para a realização de tatuagens, "independentemente da extensão ou localização" do desenho. Os médicos estão vedados de fazer tanto anestesia geral como local, e também sedação.
A resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU), libera apenas o uso de anestesia em procedimentos anestésicos destinados a viabilizar a tatuagem com indicação médica para reconstrução, em casos como a pigmentação da aréola mamária após a retirada das mamas.
Ainda de acordo com o CFM, o procedimento deve ocorrer em ambiente de saúde ‘com infraestrutura adequada, incluindo avaliação pré-anestésica, monitoramento contínuo, equipamentos de suporte à vida e equipe treinada para intercorrências’
O médico anestesiologista Diogo Sampaio, argumenta que a execução de qualquer ato anestésico envolve riscos intrínsecos ao paciente, e destaca que o uso necessita de uma avaliação criteriosa da relação risco-benefício.
‘’Ao viabilizar a execução de tatuagens de grande extensão corporal, que seriam intoleráveis sem suporte anestésico, a prática eleva demasiadamente o risco de absorção sistêmica dos pigmentos, metais pesados (cádmio, níquel, chumbo e cromo) e outros componentes das tintas”, explica.
A decisão do conselho recebeu o apoio da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Em nota, a entidade destacou que "o uso de técnicas anestésicas, mesmo em situações consideradas simples ou estéticas, envolve riscos que exigem preparo, ambiente apropriado e protocolos rigorosos de segurança."
Fonte: Agência Brasil