Saúde

VACINAÇÃO

Brasil em alerta: 86% dos municípios estão em risco alto de sarampo

Durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, dados revelam a urgência de ações de vacinação e vigilância epidemiológica no combate à doença

Da Redação

Quinta - 19/09/2024 às 09:20



Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo
Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo

Durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações em Recife, nesta quarta-Feira (18), foram revelados dados preocupantes sobre o sarampo no Brasil. Segundo a Folha de S. Paulo, 86% dos municípios estão em áreas de alto ou muito alto risco para a doença. No total, 4.587 cidades estão em risco alto e 225 em risco muito alto, enquanto apenas quatro têm risco baixo.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destacou a seriedade da situação. Flávia Cardoso, coordenadora de Imunização, lembrou que o Brasil recebeu o certificado de país livre de sarampo em 2016, mas perdeu esse status em 2019 após registrar casos da doença por mais de um ano. Em 2022, o Brasil foi considerado endêmico e, em 2023, ficou com o status de país pendente de reverificação.

Em maio, uma Comissão Regional de Monitoramento visitou o país e fez várias recomendações, como aumentar a sensibilidade na identificação de casos suspeitos e fortalecer a vigilância epidemiológica. A comissão também sugeriu um fluxograma padronizado de resposta rápida para possíveis casos de sarampo, baseado em um episódio ocorrido no Rio Grande do Sul.

Flávia ressaltou que, embora tenha havido avanços na cobertura vacinal contra sarampo e rubéola, esses progressos não foram iguais em todas as regiões. Estados como Rio de Janeiro, Amapá, Pará e Roraima foram citados como preocupantes. Ela ainda mencionou a importância de buscas ativas para detectar casos de sarampo e rubéola em crianças menores de 15 anos.

Adicionalmente, a comissão recomendou parcerias com o Ministério do Esporte para garantir a vacinação de atletas, evitando a propagação do vírus em grandes eventos.

Apesar de não haver casos autóctones nos últimos dois anos, o retorno ao status de país livre de sarampo depende de fatores como o aumento da cobertura vacinal. A colaboração entre governos estaduais e municipais será crucial para o sucesso das ações propostas.

Essa situação é um alerta para a população, pois a baixa adesão às campanhas de vacinação em várias regiões pode resultar em novos surtos de sarampo, exigindo atenção imediata de autoridades de saúde e da sociedade.

Fonte: Brasil 247

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: