Saúde

PROCEDIMENTO

A atuação de fisioterapeutas neurofuncionais e médicos neurologistas no combate às sequela

O Coronavírus causa uma reação imune excessiva ativando a cascata inflamatória e resultando na danificação dos tecidos do nosso organismo.

Da redação

Segunda - 05/07/2021 às 10:19



Foto: Divulgação Josefa Poty
Josefa Poty

A pandemia causada pelo vírus da COVID-19 trouxe ao mundo um impacto significante na forma de viver, mas causou um impacto ainda maior na vida das pessoas que desenvolveram sequelas após contraírem a doença. Mesmo que a predominância dessas sequelas nos infectados possam ser oriundas de trato respiratório, estima-se que cerca de 35% dos pacientes mantenham sequelas neurológicas. Nesse momento pós-Covid, o acompanhamento médico e fisioterapêutico o torna-se essencial.

Segundo a fisioterapeuta especialista na área neurológica, Josefa Poty, assim que recebem alta, os pacientes com esses tipos de intercorrência precisam da reabilitação neurofuncional. "O tratamento precisa ser feito por um fisioterapeuta especialista na área em associação com médicos especialistas. Ao atuar na reabilitação, precisamos entender todas as sequelas causadas para que o tratamento seja efetivo e de sucesso", comenta.

"O fisioterapeuta tem um papel fundamental nos programas de reabilitação hospitalar, porém os cuidados desenvolvidos por eles ultrapassam as paredes dos hospitais, mostrando cada vez mais a importância de um programa de reabilitação em domicílios, ambulatórios e clínicas. Por fim, é importante ressaltar que a fisioterapia atua juntamente com médicos especialistas no acompanhamento da recuperação final do paciente, cada um em sua função pode trazer de volta a tão sonhada vida de muitas pessoas que perderam lutas mas não a guerra contra a COVID-19", completa Josefa Poty.

Nas últimas 24 horas foram registrados 09 mortes por COVID e 245 casos confirmados.

Doses das vacinas Janssen, AstraZeneca e Pfizer chegam ao Piauí

Nove pessoas foram vítimas da covid no Piauí nas últimas vinte quatro horas

O paciente Paulo Silva é a prova que pacientes com sequelas necessitam da fisioterapia citada a cima. Para os familiares, o grande feito foi a contratação de uma profissional, que com técnicas e a elaboração de um programa de reabilitação proporcionou ao paciente uma melhora considerável na condição neurofuncional do paciente, que teve a coordenação motora afetada pelas sequelas.

O Coronavírus causa uma reação imune excessiva ativando a cascata inflamatória e resultando na danificação dos tecidos do nosso organismo. Essa reação imune excessiva traz desordens orgânicas incluindo as desordens neurológicas. Diante disso, estudos comprovam que o coronavírus é uma doença respiratória e também vascular, podendo ter quadros neurológicos associados.

Apesar das sequelas mais predominantes serem oriundas do trato respiratório, abrangendo desde uma leve dispneia aos esforços até pneumonia grave, que pode evoluir para insuficiência respiratória, estima-se que cerca de 35% dos pacientes mantenham sintomas neurológicos. Há relatos, inclusive, de pacientes apresentando AVC como sintoma inicial da COVID-19.

Elizeu Neto, médico neurologista, ressalta que a doença pode ter decorrências bastante variáveis. "As sequelas causadas pela doença variam, podendo ser relacionadas ao olfato e paladar ou por complicações relacionadas ao período de internações, principalmente aos pacientes com formas graves da doença. Como é o caso de ocorrência de AVC hemorrágicos ou isquêmicos, passando por encefalopatias necrotizantes agudas e encefalites de diferentes magnitudes", explica.

Segundo a OMS (Organização Mundial de saúde), a maioria dos pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos pode requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos aproximadamente 5% pode necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência respiratória (suporte ventilatório). A maioria das pessoas podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas leves, mas não há como prever a evolução para formas graves e potencialmente fatais.

Fonte: Leal Comunicação

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: