O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, comentou o seu novo desafio de representar o Brasil no Conselho dos Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Em entrevista exclusiva ao Portal Piauí Hoje, o piauiense disse que será "uma grande responsabilidade", pois o papel do Brasil será levar ao mundo as propostas que já foram experimentadas aqui.
"É uma grande responsabilidade. O Brasil tornou-se uma referência com a liderança do presidente Lula. O país é protagonista desde quando assumiu a presidência do G20 na Índia. Ali ele já propôs e foi acatado por todos os presidentes, reis e primeiros ministros dos 21 países que juntos representam 80% do comércio no mundo e aproximadamente dois terços da população. Esses que são os países mais ricos do mundo agora assumiram, a partir dos termos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o compromisso de ajudar países em desenvolvimento", disse Wellington Dias.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza foi lançada oficialmente nesta segunda-feira, 18 de novembro, na abertura da Cúpula do G20, que foi realizada no Rio de Janeiro.
A Aliança nasce com 148 membros fundadores, incluindo 82 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas e não-governamentais. Com o objetivo de erradicar a fome e a pobreza, a iniciativa tem o compromisso de alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030. Segundo Wellington Dias, é possível alcançar todos os 193 países da ONU até 2025.
"Nós vamos saindo dessa fase para uma outra fase, que eu diria que é de grande responsabilidade, é o Conselho dos Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Nós vamos ter a missão de trabalhar para alcançar mais de 500 milhões de pessoas no mundo que ainda passam fome, já com os recursos comprometidos e com o conhecimento técnico", explica o ministro.
A Aliança também visa expandir as refeições escolares de alta qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com pobreza infantil e fome endêmicas e, ao mesmo tempo, arrecadar bilhões em crédito e doações por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento para implementar esses e outros programas.
"É um programa que olha de forma integral para a educação, saúde, segurança, justiça, e com certeza o papel do Brasil é de grande responsabilidade, porque a boa parte das propostas que queremos levar ao mundo já foram experimentadas aqui e em outras partes do mundo e temos que fazer acontecer. Queremos chegar em 2030 e poder comemorar que reduzimos a fome e a pobreza", disse o ministro.