Política

ESCRAVIDÃO

Três políticos piauienses estão na lista suja do trabalho escravo; veja quem são

São dois vereadores e um suplente das cidades de Vera Mendes, Amarante e Monsenhor Gil

Da Redação

Terça - 28/01/2025 às 12:46



Foto: Montagem/Piauí Hoje Da direta para esquerda: Fabiano Francisco, Manoel Nacimento e Zé de Goes
Da direta para esquerda: Fabiano Francisco, Manoel Nacimento e Zé de Goes

Dois vereadores e um suplente eleitos em 2024 no Piauí estão na Lista Suja do trabalho escravo, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os políticos foram autuados por manterem trabalhadores em condições análogas à escravidão. Entre as irregularidades apontadas pelo MPE estão a falta de água potável, condições insalubres e exposição a substâncias tóxicas. 

Os políticos piauienses que aparecem na lista são o vereador Fabiano Francisco da Silva (MDB), da cidade de Vera Mendes; vereador Manoel Nascimento (Republicanos), de Amarante; e o suplente Zé de Goes Calçamento (Republicanos), de Monsenhor Gil. A  lista suja do trabalho escravo não impede os políticos de exercerem seus cargos.

Fabiano Francisco da Silva é propriedade de uma pedreira onde foram encontrados 10 trabalhadores submetidos ao trabalho escravo. Eles extraiam as rochas manualmente e viviam em ambientes insalubres, sem uso de equipamentos de proteção individual e sem registro em carteira. 

Manoel Nascimento, o Roxo, é vereador em Amarante e também possui uma pedreira produtora de brita. Lá foram resgatados 22 trabalhadores em situações semelhante ao caso anterior.

Zé de Goes Calçamento é ligado a Construtora Gois (atual Construtora Máxima). A empresa foi autuada por explorar trabalhadores em condições insalubres durante a extração de rocha.

O Ministério do Trabalho criou a lista suja como objetivo combater o trabalho escravo em todo o país. O cadastro inclui empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão.

 A atualização da lista ocorre semestralmente e tem a finalidade de dar transparência aos atos administrativos que decorrem das ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão. 

Essas ações são executadas por auditores–fiscais do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que podem contar com a participação de integrantes da Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre outras forças policiais.

Veja a lista completa:

cadastro_de_empregadores.pdf

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