Política

SEGURANÇA

Supremo Tribunal Federal reforça segurança para julgamento de Bolsonaro

Primeira Turma do STF decide no próximo dia 25 se aceita a denúncia da PGR contra Bolsonaro e mais 33 acusados de tentativa de golpe

Da Redação

Quarta - 19/03/2025 às 07:31



Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil Supremo Tribunal Federal (STF)
Supremo Tribunal Federal (STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) intensificou as medidas de segurança para os dias do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) e outros 33 investigados. A Corte deve finalizar até sexta-feira (21) um plano detalhado com as novas diretrizes de proteção a serem implementadas. A Primeira Turma do STF decidirá, nopróximo dia 25, se aceita a denúncia que acusa Bolsonaro e ex-ministros de seu governo de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Fontes do STF afirmaram que um dos principais fatores considerados para o reforço na segurança é o acesso ao prédio onde ocorrem as sessões da Primeira Turma. Diferente do Plenário da Corte, localizado no edifício-sede ao lado da Praça dos Três Poderes, a sala da Primeira Turma fica em uma área central do STF, exigindo uma nova disposição dos equipamentos de segurança e possíveis alterações na circulação dentro do tribunal.

O planejamento da segurança será submetido à aprovação do presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Entre as medidas que podem ser adotadas estão um plano de evacuação e a instalação de gradis extras ao redor do prédio do STF. Essas providências ganharam força após o atentado a bomba ocorrido no dia 13 de novembro de 2024, que reacendeu o alerta sobre riscos de segurança na Corte.

Experiência anterior com Bolsonaro e segurança reforçada 

O Supremo também leva em conta a experiência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reforçou a segurança durante o julgamento de Bolsonaro em 2023. Na ocasião, houve restrição de acesso e um contingente maior de policiamento, temendo possíveis manifestações. Apesar da expectativa, não houve grandes atos. O ex-presidente foi condenado e tornou-se inelegível até 2030.

A denúncia da PGR, apresentada em 18 de março, sustenta que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que tentou articular um golpe de Estado. "A responsabilidade pelos atos lesivos à ordem democrática recai sobre organização criminosa liderada por Jair Messias Bolsonaro, baseada em projeto autoritário de poder", escreveu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, no documento.

A PGR também aponta que a suposta organização criminosa tinha "forte influência de setores militares" e estava "enraizada na própria estrutura do Estado". Com a proximidade do julgamento, o STF segue monitorando possíveis movimentações de grupos ligados ao ex-presidente e deve ajustar as estratégias de segurança conforme necessário.

Fonte: Brasil247

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