
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina, Sinésio Soares, acusou nesta quinta-feira (04) os dois pré-candidatos à Prefeitura de Teresina, Fávio Novo (PT) e Sílvio Mendes (PP) de não querer arcar com o ônus da proposta de reajuste de 20,8% no salário dos professores da rede municipal da capital. A declaração foi dada na manhã de hoje, após os vereadores da Câmara Municipal vetaram, por 12 votos a 9, o reajuste salarial da categoria.
Os professores estão em greve há 32 dias. De acordo com Sinésio, os parlamentares mantiveram o veto do prefeito Doutor Pessoa, porque os principais pré-candidatos a prefeitura da cidade, Fábio Novo e Sílvio Mensdes, detém o poder sobre as decisões políticas antes mesmo de serem eleitos ao palácio da cidade para não arcar com as despesas que o rejuste incindiria.
"Nós estamos aqui saindo de uma grande tramóia elaborada pelos principais candidatos a prefeito, que já mandam nos vereadores atuais. Foi uma grande articulação, porque não querem assumir o cumprimento da lei federal", disse.
Por conta do veto à proposta, os professores aprovaram por unanimidade a continuidade da greve. Eles também vão manter a ocupação da Câmara, afim de que novas negociações sejam feitas. Está marcada para a próximasegunda-feira (07) uma nova audiência pública.
"Nós vamos mostrar a nossa força aqui na segunda-feira, nessa audiência pública, exigindo que o prefeito organize um projeto de lei, que cumpra a lei federal e cumpra também o Acordo 2.9 do Tribunal de Contas do Estado", concluiu.
Entenda o caso
Os vereadores de Teresina vetaram, na manhã desta quinta-feira (4), o projeto que instituía um reajuste de 20,8% no salário dos professores da rede de ensino municipal. Por 12 votos a 9, os parlamentares mantiveram o veto enviado pelo prefeito Dr. Pessoa.
Na Comissão de Legislação de Justiça, o vereador Deolindo Moura (PT), autor da emenda que subiu o valor proposto pela prefeitura à categoria, de 5% para 20,8%, se absteve do voto e foi chamado de covarde pelos professores manifestantes que estavam presentes na reunião. O vereador Evandro Hidd (PDT), relator da Comissão, votou pela derrubada do veto.
Assim, permanece o valor de 5% proposto por Dr. Pessoa, retroativo ao mês de janeito. O vereador Antônio José Lira, líder da Prefeitura na Casa, afirmou que a emenda do reajuste de 20,8% é inconstitucional e que o Legislativo não pode gerar despesas para o Executivo.
O vereador Deolindo Moura criticou os próprios colegas de partido que votaram pela manutenção do veto e disse que não faz sentido mudar o pensamento em uma semana, sem que houvesse qualquer tipo de comunicação por parte da Prefeitura.
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