O deputado Gessivaldo Isaías (Republicanos) apresentou à Assembleia Legislativa do Estado (Alepi) uma proposta de projeto de lei, que vise dar prioridade aos procedimentos investigatórios de crimes praticados contra crianças e adolescentes no Piauí.
A proposta apresentada à Casa, se aprovada, receberá o nome de Lei Wesley Carvalho. Trata-se de uma homenagem ao bebê de 1 ano de idade, assassinado supostamente por familiares durante um ritual.
Segundo o parlamentar, outro fator que justificou a criação foram os dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que aponta que entre os anos de 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos foram mortos de forma violenta no país. A informação integra o Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, lançado no ano passado pelo Unicef.
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O Projeto de Lei segue para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alepi.
RELEMBRE O CASO
Foram presos no mês de fevereiro, o pai, a mãe e os avós paternos de Wesley Carvalho Ferreira, de 1 ano e 10 meses, desaparecido desde o dia 29 de dezembro de 2021. Eles são suspeitos de matar a criança queimada durante um ritual.
"A Polícia Civil descarta já a hipótese de sequestro da criança e trabalha com outras linhas de investigação. Uma dela é que a família da vítima ficou em jejum duas semanas, orando, e depois sacrificou essa criança colocando fogo no seu corpo”, disse o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada.
A polícia só teve conhecimento do caso porque uma irmã de Ângela, tia de Wesley, foi visitá-lo e descobriu que os pais mudaram de endereço. A mulher conseguiu o novo endereço e ao chegar na casa não encontrou o menino. Foi quando Ângela relatou a história do sequestro e a tia foi denunciar o caso 42 dias depois.
No decorrer das investigações, a Polícia Civil encontrou indícios de homicídio com ocultação de cadáver e descartou a hipótese de sequestro. De acordo com o delegado Matheus Zanatta, a Justiça expediu quatro mandados de prisão temporária contra o pai, a mãe e os avós de Wesley Ferreira. Os presos foram levados para a Central de Flagrantes.
Com as prisões, a polícia tenta entender o que aconteceu exatamente e chegar até o local onde a criança foi sacrificada. O corpo de Wesley não foi encontrado.