
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou o ataque de Israel que matou 9 dos 10 filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar na Faixa de Gaza. "É mais um ato vergonhoso e covarde", disse o presidente, em nota oficial.
"Esse episódio simboliza, em todas as suas dimensões, a crueldade e desumanidade de um conflito que opõe um estado fortemente armado contra a população civil indefesa, vitimando diariamente mulheres e crianças inocentes", disse Lula.
A médica Alaa Al-Najjar saiu de casa na sexta-feira (23), para trabalhar na emergência do Complexo Médico Nasser, no sul da Faixa de Gaza. Horas depois, o corpo de seus sete filhos chegaram ao hospital, a maioria gravemente queimada.
Os corpos de outras duas crianças ficaram presos sob os escombros até a manhã de sábado (24). O único filho sobrevivente e seu marido, também médico, seguem internados em estado crítico.
Lula voltou a classificar a ação israelense como "genocídio":
"Já não se trata de direito de defesa, combater o terrorismo ou buscar a libertação dos reféns em poder do Hamas. O que vemos em Gaza hoje é vingança. O único objetivo da atual fase desse genocídio é privar os palestinos das condições mínimas de vida com vistas a expulsá-los de seu legítimo território", destacou o presidente brasileiro.
Essa não é a primeira vez que Lula critica a ação de Israel em Gaza. Ele já havia comparado a atuação israelense ao Holocausto.