A perícia realizada na tornozeleira eletrônica que estava em uso pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi concluída nesta segunda-feira (24) pela Polícia Federal (PF), confirmando que o dispositivo apresentava vestígios de tentativa de rompimento.
O laudo pericial, elaborado por peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, aponta que a tornozeleira tem “danos significativos” e sinais claros de violação. O documento indica que o dispositivo foi submetido a uma fonte de calor concentrado, corroborando a versão dada por Bolsonaro de que ele danificou o aparelho usando "um ferro quente".
Os peritos constataram que a área danificada exibe características compatíveis com a ação direta de um objeto metálico aquecido.
Bolsonaro foi levado para a Superintendência da PF no último sábado (22) após admitir ter danificado o aparelho. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal já formou maioria para manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a prisão preventiva.
Moraes justificou sua decisão destacando que a violação foi “dolosa e consciente” e que o comportamento do ex-presidente demonstra “reiterado desrespeito à Justiça”, listando episódios de descumprimento de medidas cautelares desde 2025.
Em relação ao prejuízo, o Governo do Distrito Federal (GDF) terá que pagar R$ 737,52 pela troca do dispositivo danificado, valor que é o triplo do custo unitário do equipamento, de R$ 245,84.
Embora o GDF possa posteriormente cobrar o valor do ex-presidente por ter causado o dano, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) informou que ainda não há definição sobre essa cobrança.
Enquanto aguarda o julgamento definitivo, Bolsonaro permanece detido em uma sala especial na Superintendência da PF em Brasília.
Fonte: Metrópoles