A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) é mais uma vítima de ameaças de morte oriundas de um perfil de extrema-direita, que já havia ameaçado outras figuras públicas, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A polícia agora investiga uma rede de discurso de ódio que vem incitando ataques violentos a autoridades e figuras políticas.
O perfil identificado como “Poison” e com a namertag @Comomeleca22 foi removido após as denúncias, mas já havia se tornado conhecido por espalhar ameaças e violência em suas postagens. Entre as mensagens publicadas, uma associava Erika Hilton a planos de assassinato, enquanto outra sugeria perseguir a deputada. Além disso, o grupo promovia símbolos nazistas, preconceito racial e transfóbico, e apologia a ataques violentos contra opositores políticos.
As investigações, conduzidas pela Polícia Federal (PF), revelam que o perfil não se limitava a ataques isolados, mas fazia parte de um movimento organizado com o objetivo de desestabilizar a democracia brasileira.
Erika Hilton, que protocolou um pedido na PF na manhã deste domingo (19), relatou que as ameaças surgiram após ela divulgar um vídeo desmentindo rumores sobre uma suposta taxação do Pix, conteúdo que teve grande repercussão nas redes sociais. Segundo a deputada, os ataques representam não apenas um ataque à sua figura, mas também um ataque à liberdade de expressão e à segurança de parlamentares.
Em resposta, Hilton reforçou a necessidade urgente de regulamentar as plataformas digitais para combater discursos de ódio e fake news. “A verdade e a informação organizada podem frear aqueles que odeiam o povo e a democracia”, afirmou.
Fonte: Diário do Centro do Mundo