Política

ATOS GOLPISTAS

Mulher condenada por organizar ônibus para atos golpistas quebra tornozeleira e está foragida

Fátima Aparecida Pleti foi condenada a 17 anos de prisão pelo STF por sua participação nos atos golpistas

Da Redação

Quarta - 15/05/2024 às 12:48



Foto: facebook Condenada a 17 anos pelo STF por sua participação nos atos golpistas, Fátima Aparecida Pleti
Condenada a 17 anos pelo STF por sua participação nos atos golpistas, Fátima Aparecida Pleti

Fátima Aparecida Pleti, que foi condenada por seu envolvimento nos ataques terroristas às sedes dos Três Poderes, agora é considerada foragida da Justiça após romper a tornozeleira eletrônica. Ela organizou um ônibus em Bauru, interior de São Paulo, para que os golpistas se deslocassem até Brasília (DF).

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Fátima por maioria a 17 anos de prisão por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ela foi considerada culpada pelos crimes de associação criminosa, ataque à democracia, tentativa de golpe de estado, dano qualificado e grave ameaça ao patrimônio da União.

A sentença inclui 15 anos e seis meses de reclusão, que pode ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto, e um ano e seis meses de detenção, que deve ser cumprido em regime semiaberto.

Além disso, Fátima foi condenada a pagar 100 dias-multa, no valor de ⅓ do salário mínimo, e uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões, que será dividida entre todos os condenados pelos atos.

Fátima foi presa logo após os atos antidemocráticos em janeiro do ano passado e ficou detida na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), conhecida como Colmeia. Em agosto do mesmo ano, ela conseguiu liberdade condicional sob a condição de usar uma tornozeleira eletrônica.

Segundo o processo contra ela, Fátima rompeu o equipamento de monitoramento eletrônico quatro dias após o início de seu julgamento no STF, em março deste ano. A autoridade penitenciária do Governo de São Paulo informou o fato ao Judiciário duas semanas depois.

Em 8 de abril deste ano, o Judiciário estadual de SP informou ao STF sobre a quebra da tornozeleira. Além disso, a Justiça indica que Fátima não tem se apresentado à Comarca de Bauru desde 26 de março deste ano. Não há mandado de prisão público.

A reportagem tentou entrar em contato com a defesa de Fátima Aparecida Pleti, mas não obteve sucesso até a publicação desta reportagem. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e o STF também foram contatados, mas ainda não responderam.

Fátima organizou um ônibus de Bauru até Brasília e fez uma postagem nas redes sociais com os horários e locais de partida dos veículos. Ela também mencionou que estava procurando fundos para acomodação perto das sedes dos Três Poderes.

Fátima Aparecida Pletti, de 62 anos, foi presa em flagrante e ficou detida por sete meses na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), conhecida como Colmeia.

Antes do início do julgamento, em março deste ano, Fátima teve a liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, em 7 de agosto de 2023.

Para manter a liberdade condicional, ela precisava usar uma tornozeleira eletrônica, se apresentar semanalmente ao juiz da Comarca de Bauru e não podia sair do país, tendo que entregar o passaporte à Justiça.

Fátima também foi proibida de usar redes sociais e de se comunicar por qualquer meio com os outros envolvidos no ataque. De acordo com a decisão do STF, o descumprimento de qualquer uma dessas medidas resultaria na revogação da liberdade provisória.

Fonte: G1

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